Publicada em 21/12/2024 às 10h52
Porto Velho se prepara para se despedir do prefeito Hildon Chaves (PSDB), que assumiu a administração do município em janeiro de 2017. No próximo dia 1º, ele passará o cargo ao prefeito eleito, Léo Moraes (Podemos), após dois mandatos consecutivos. Não é exagero dizer que Hildon deixa um legado de importantes serviços à comunidade portovelhense, tanto na área urbana quanto rural.
Ao assumir a prefeitura em 2017, após vencer no segundo turno contra o então candidato Léo Moraes, Hildon, oriundo do Ministério Público Estadual, enfrentava o desafio de gerenciar o município sem experiência prévia em administração pública. Durante sua gestão, a pavimentação de ruas, avenidas e estradas vicinais foi prioridade, considerando os mais de 7 mil quilômetros de vias no interior, enfrentando os desafios de um clima marcado por estações de chuva e seca.
Porto Velho, com mais de 34 mil km² de área, destaca-se hoje pelo maior rebanho bovino do estado e pela crescente produção agrícola, especialmente soja e milho. O orçamento municipal para 2025 é de R$ 2,8 bilhões, comparado ao orçamento estadual de Rondônia, que gira em torno de R$ 17 bilhões para seus 52 municípios.
Apesar de avanços, o saneamento básico continua sendo um grande desafio. A ausência de projetos concretos desde a gestão do ex-prefeito Roberto Sobrinho (PT) resultou na devolução de mais de R$ 600 milhões ao Governo Federal. A verba, destinada ao saneamento, foi inviabilizada por disputas judiciais lideradas por um político que posteriormente teve uma carreira eleitoral fracassada.
Entre os legados positivos de Hildon, destaca-se a construção do novo Terminal Rodoviário de Porto Velho, uma obra que vem sendo prometida desde a década de 1990. A antiga rodoviária apresentava condições precárias de higiene, conforto e segurança, tornando-se um ponto de insatisfação constante entre os moradores e passageiros.
Com apoio da ex-deputada federal Mariana Carvalho (PSDB), Hildon priorizou a construção de um novo e moderno terminal. As obras começaram em 2023 e, após 16 meses, estão em fase final. Avaliada em cerca de R$ 44 milhões, a nova rodoviária se tornará uma das mais modernas do país, sendo o quarto terminal do Brasil com climatização.
A obra
Com uma área construída de 8.457,59 m², o novo terminal contará com 13 plataformas de embarque e desembarque, 26 boxes para agências, uma sala VIP, um amplo saguão de espera, praça de alimentação com oito lanchonetes e um restaurante, além de 11 lojas, área administrativa, fraldário e banheiros. A execução está sendo gerenciada pela Secretaria Municipal de Obras (Semob) e acompanhada pela Secretaria Municipal de Resolução Estratégica de Convênios e Contratos (Semesc).
A entrega do terminal é vista como a conclusão simbólica do governo Hildon Chaves, marcando o fim de oito anos de gestão e atendendo a uma demanda histórica da população de Porto Velho.