Publicada em 23/12/2024 às 09h56
Porto Velho, RO – Segundo dados levantados pelo UOL, o governo federal destinou mais de R$ 8,1 bilhões em emendas parlamentares durante o mês de dezembro, concentrando os repasses nas vésperas de votações estratégicas no Congresso Nacional. Entre os maiores beneficiados está o senador Marcos Rogério (PL-RO), um dos maiores opositores da atual gestão do Planalto, que recebeu R$ 29,8 milhões, posicionando-se como o quarto parlamentar mais contemplado do país.
As liberações, que atingiram seu pico nos dias 12 e 13 de dezembro, representaram 18% do total destinado ao longo do ano, que somou R$ 38,6 bilhões. O movimento antecedeu debates decisivos sobre a reforma tributária e o pacote de ajuste fiscal, sinalizando uma estratégia do governo Lula, do PT, para garantir apoio parlamentar em temas de alta relevância.
O ranking dos 20 maiores beneficiados é liderado por parlamentares bolsonaristas e nomes ligados ao centrão. Em primeiro lugar aparece Luís Carlos Heinze (PP-RS), com R$ 37,3 milhões, seguido por Rogério Marinho (PL-RN), com R$ 32,7 milhões, e Ciro Nogueira (PP-PI), com R$ 31,7 milhões. Marcos Rogério, com R$ 29,8 milhões, é o quarto colocado, destacando-se como o principal nome de Rondônia na lista.
Outros parlamentares de destaque incluem ex-ministros do governo Jair Bolsonaro, como Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) e Damares Alves (Republicanos-DF), além de figuras do centrão. Essa concentração de recursos entre aliados do ex-presidente reflete uma forte presença bolsonarista nos repasses.
A decisão de liberar os valores foi amplamente discutida após a determinação do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que exigiu maior transparência na execução das emendas parlamentares. O governo Lula utilizou os repasses como ferramenta para viabilizar o andamento de sua agenda legislativa em meio a pressões políticas.
Com as emendas liberadas em dezembro, o governo federal encerra o ano de 2024 com a liberação de recursos em patamares recordes, reforçando a dinâmica de negociação entre Executivo e Legislativo para garantir apoio político.
CONFIRA A TABELA DIVULGADA PELO UOL:
(*) Dados são referentes ao mês de dezembro
(**) Fontes: Siga Brasil e Portal da Transparência
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