Publicada em 18/12/2024 às 15h42
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou que o país não apoiará o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, finalizado este mês, a menos que seja ajustado de acordo com as solicitações dos italianos.
"Na ausência de um reequilíbrio (dos termos do acordo), a Itália não estará a bordo", afirmou Meloni ao Parlamento do país nesta terça-feira (17).
A líder italiana, falando antes de uma cúpula da União Europeia em Bruxelas, também pediu uma discussão sobre a possível emissão de títulos comuns da UE para financiar os gastos com defesa.
Antes do anúncio do acordo, o governo italiano já havia criticado o projeto e se posicionado ao lado da França e Hungria como opositores.
O texto final foi concluído em 6 de dezembro e anunciado na cúpula do Mercosul, em Montevidéu, que teve a participação da chefe da Comissão Europeia, a alemã Ursula von der Leyen.
"Esse acordo é a nossa resposta ao crescente isolamento e à fragmentação", afirmou Von der Leyen em referência às ameaças protecionistas de EUA e China.
O acordo foi discutido por 25 anos e deve abarcar um mercado comum de 718 milhões de pessoas em economias que, somadas, chegam a US$ 22 trilhões. Os novos detalhes do que foi consensuado ao longo de extensas negociações ainda serão tornados públicos.