Publicada em 31/01/2025 às 15h54
Porto Velho, RO – O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) se manifestou nas redes sociais nesta quinta-feira (30) contra a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) que cassou o mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Segundo o parlamentar rondoniense, a medida representa uma tentativa de censurar "mais de 946 mil vozes" e configura uma perseguição à direita.
A decisão do TRE-SP, tomada por cinco votos a dois, também tornou Zambelli inelegível por oito anos, contados a partir das eleições de 2022. No entanto, a deputada ainda pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e a cassação não tem efeito imediato.
Em publicação no Instagram, Chrisóstomo compartilhou uma imagem com os dizeres “Perseguição pura! Estão censurando 946 mil vozes” e afirmou: “Isso é perseguição à direita conservadora. Estão querendo censurar mais de 946 mil vozes de São Paulo. Toda minha solidariedade à amiga Carla Zambelli. Eles não vão nos calar!”.
A decisão judicial decorre de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) movida pela deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), que questionou a conduta de Zambelli durante as eleições. O relator do processo, desembargador Encinas Mafré, destacou que houve “abuso da liberdade de expressão e ato de evidente má-fé” por parte da parlamentar ao divulgar, em 2022, supostas manipulações em urnas eletrônicas na cidade de Itapeva, no interior de São Paulo.
Após a decisão, Zambelli também se manifestou, afirmando que continuará no cargo até que os recursos sejam esgotados. “Essa decisão não tem efeitos imediatos, e irei continuar representando São Paulo e meus eleitores até o encerramento dos recursos cabíveis”, declarou a deputada.
A condenação de Zambelli e as reações contrárias à decisão do TRE-SP ocorrem em meio a um cenário de polarização política no Brasil. Parlamentares da oposição ao governo federal, como Chrisóstomo, têm reiterado críticas ao que chamam de “perseguição a conservadores” e prometem mobilizações em apoio à deputada do PL-SP.