Publicada em 13/01/2025 às 11h23
Porto Velho, RO – O último fim de semana marcou um período de extrema violência na capital rondoniense, Porto Velho. Dois crimes emblemáticos escancaram os desafios enfrentados pela segurança pública no estado e a necessidade urgente de uma resposta robusta do governo. O assassinato do Cabo PM Fábio Martins, covardemente executado no domingo, e a morte de Francisco de Assis Oliveira, ex-policial penal emergencial, são ataques que ultrapassam a esfera individual e desafiam diretamente a autoridade do Estado.
O Cabo Fábio Martins, com uma carreira marcada pelo compromisso e dedicação, integrava a Polícia Militar desde 2010. Atuou em unidades estratégicas como o COE, BPTran e, mais recentemente, no Batalhão de Polícia Ambiental (BPA). Sua morte não representa apenas a perda de um agente da lei, mas um ataque simbólico contra aqueles que diariamente se colocam na linha de frente para garantir a segurança da população.
O crime que vitimou Francisco de Assis Oliveira, ocorrido em plena luz do dia em um restaurante da zona sul de Porto Velho, foi igualmente perturbador. Imagens de câmera de segurança registraram a frieza dos criminosos, que fugiram após a execução sem sequer roubar a arma da vítima. Este ato reforça a ousadia das facções criminosas, que não hesitam em desafiar abertamente as forças de segurança.
Diante deste cenário, o governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania, comandada pelo Coronel BM Felipe Bernardo Vital, precisa agir com rapidez e eficiência. Mobilizar os recursos disponíveis, reforçar a inteligência policial e desencadear operações integradas são passos indispensáveis para conter a escalada da violência. A mensagem do Estado deve ser clara: o crime não prevalecerá sobre a ordem.
Além da resposta imediata, o desafio passa por políticas de longo prazo que combinem repressão ao crime organizado com a redução de suas raízes sociais. Investir em comunidades vulneráveis, ampliar a educação e criar oportunidades para a juventude são medidas que, paralelamente ao fortalecimento das forças de segurança, podem enfraquecer o poder das facções.
Os assassinatos do fim de semana não podem cair no esquecimento. Rondônia precisa fazer valer sua força e garantir que a memória de profissionais como o Cabo Fábio Martins e Francisco de Assis Oliveira não seja marcada pela impunidade.
Em um momento de luto e indignação, o compromisso do Estado deve ser reafirmado: a segurança da população é uma prioridade inegociável, e as facções criminosas jamais terão espaço para prosperar.