Publicada em 30/01/2025 às 10h20
Empresário reivindica a posse da área; caso está na justiça
Segue sem qualquer definição a situação envolvendo uma área de terras na margem esquerda do igarapé Pires de Sá, entre as ruas Marques Henrique e Marcos da Luz, no bairro Jardim Social, em Vilhena. O planejamento inicial para a área era a implantação de um condomínio, mas o projeto foi embargado pela Justiça.
A situação se agravou ainda mais quando, em setembro do ano passado, a área do condomínio embargado foi ocupado por uma grupo de pessoas. Lotes foram demarcados e placas com nomes das pessoas que reivindicam a área foram fincadas. Nos dias que se seguiram, alguns “barracos” foram erguidos.
Cerca de 60 dias depois, em novembro, a situação ficou tensa, quando o empresário que afirma ser o proprietário da área, usou um trator para derrubar alguns barracos erguidos no local. Rapidamente uma confusão se formou e a Polícia Militar foi acionada pelos dois lados do conflito.
O homem que alega ser o proprietário da área disse que estava limpando o imóvel, e que somente soube que o imóvel havia sido ocupado naquele momento. Informação contestada pelos ocupantes, que asseguram que o e4mpresário foi ao local com o objetivo claro de derrubar as edificações erguidas por eles, e que sabia, sim, que e havia famílias no terreno. Uma audiência na Justiça foi agendada para tentar evitar um eventual conflito pelo imóvel.
O FOLHA DO SUL ouviu, esta semana, uma das pessoas que ocupam a área em litígio. O pedreiro de 34 anos foi uma das pessoas intimadas para participar da audiência que aconteceu no dia 28 de novembro. Conforme o construtor, o homem que alega ser o proprietário da área, não teria comparecido à reunião.
Casado, o pedreiro e a esposa têm três filhos e moram de aluguel, o que lhe toma boa parte de seus rendimentos. Nascido em Vilhena, o construtor disse que ver na ocupação daquela área a possibilidade de conquistar para a família um lugar digno para morar.
O pedreiro fez questão de desmentir a informação de que uma grupo de pessoas teria sido trazido de Corumbiara para invadir a área. Ele assegura que a ocupação é de pessoas de Vilhena que não têm onde morar. Ele garante também que não foram eles que provocaram o incêndio na reserva de mata ciliar existente no local.
No total, conforme o pedreiro ouvido pela reportagem, 72 famílias ocupam a área do condomínio. Algumas delas, inclusive, estariam pernoitando no local, mesmo sem qualquer infraestrutura. O pedreiro disse ainda que a o grupo tem o objetivo de preservar a mata ciliar, inclusive já teriam plantado diversas mudas de árvores, entre elas ipês, para reflorestar a reserva que margeia o igarapé.
O construtor concluiu a conversa afirmando: “Nós entendemos a preocupação dos moradores do Jardim Social em relação às casas de madeira, mas pretendemos fazer casas de alvenaria para morar, por isso solicitamos a ajuda da prefeitura em nos conceder aquela área”.