Publicada em 24/01/2025 às 10h52
Porto Velho, RO – O governador de Rondônia, Coronel Marcos Rocha (União Brasil), foi o entrevistado especial do programa SIC News, transmitido ao vivo pela SIC TV, afiliada da Record, no dia 21 de janeiro de 2025. Em uma longa conversa conduzida por Everton Leoni e Natally Missias, Rocha abordou temas como segurança pública, a recente crise envolvendo facções criminosas e a devolução de imóveis ocupados irregularmente nos condomínios Orgulho do Madeira e Morar Melhor, em Porto Velho.
A entrevista gerou repercussão não apenas pelos esclarecimentos do governador, mas também por críticas a setores políticos e pela exibição de momentos de emoção do chefe do Executivo estadual.
Operações policiais e reforço na segurança
Um dos principais temas debatidos foi a operação integrada para conter a atuação de facções criminosas e devolver imóveis invadidos aos proprietários originais. Segundo Rocha, as ações, que envolvem forças estaduais e federais, contam com o apoio da Polícia Militar, Polícia Civil, Força Nacional e efetivos de estados vizinhos, como Amazonas e Acre. "Hoje temos mais de 400 homens atuando diariamente, e isso pode aumentar, se necessário", afirmou.
O governador destacou que as operações têm caráter permanente e criticou interpretações de que os ataques recentes seriam resultado de ausência de policiamento. "Isso foi uma represália às operações. Não se trata de falta de polícia, mas de uma reação ao Estado combater o crime organizado", explicou.
Rocha também mencionou investimentos em armamento e treinamento para as forças de segurança, incluindo a aquisição de 3 mil pistolas Glock e fuzis israelenses. "Nossa tropa está preparada, adestrada e pronta para o combate", enfatizou.
Apelo por apoio político e críticas à oposição
O tom do governador foi mais duro ao tratar de críticas feitas por setores políticos. Ele lamentou o que chamou de oportunismo de opositores. "É decepcionante ver pessoas usando esse momento para fazer política. Peço que ajudem com suas emendas em vez de apenas criticar. Segurança pública precisa de união", afirmou, sem citar nomes.
Rocha rebateu as críticas sobre sua ausência em alguns momentos durante a crise, enfatizando que as ações do governo foram contínuas e planejadas.
O governador também aproveitou para reforçar suas crenças e valores pessoais: "Todo mundo sabe que eu sou cristão. Independente da religião que o senhor, a senhora ou você siga, eu sou cristão e sou temente a Deus. E na palavra de Deus que eu sigo, em Provérbios 17:27-28, há uma lição importante: um homem sábio preserva a sua fala e só fala quando necessário. Confio na força policial do estado de Rondônia, assim como confio nos nossos professores e no pessoal da saúde que tanto lutou na pandemia", declarou.
Ele criticou ainda a disseminação de informações distorcidas por algumas figuras políticas. "Setores alguns, infelizmente, começaram a criar dentro de uma bolha comentários para tentar levar a população ao mau entendimento", completou.
Emoção e liderança destacada
A entrevista também trouxe momentos de emoção, especialmente quando Rocha relatou seu encontro com as forças policiais e moradores dos condomínios. "Fiquei tocado ao ver crianças jogando bola, felizes, sem medo. É isso que queremos para Rondônia", disse, visivelmente emocionado.
O gesto de vestir novamente a farda militar, após anos fora da ativa, foi apontado como uma estratégia para elevar o moral das tropas. "Era necessário mostrar que estamos juntos na defesa da população", justificou o governador, que recebeu elogios de comandantes e policiais presentes.
Perspectivas e desafios
Além das operações policiais, Rocha mencionou iniciativas sociais como o programa "Meu Sonho", que visa proporcionar moradias a famílias de baixa renda, e cursos profissionalizantes ofertados pelo programa "Avançar". "Não há necessidade de ninguém se envolver no crime. Rondônia tem o menor índice de desemprego do Brasil", destacou.
A entrevista encerrou com um apelo do governador pela união entre população, forças de segurança e poderes públicos para combater o crime e promover melhorias no estado. "Com Deus no comando, vamos vencer. A união do bem é imbatível", concluiu.