Publicada em 15/01/2025 às 16h04
A guerra na Faixa de Gaza deixou mais de 48 mil mortos nos 15 meses entre o início do conflito, em outubro de 2023, e esta quarta-feira (15), com o anúncio de um acordo para um cessar-fogo.
Israel lançou uma guerra contra o Hamas em Gaza em 7 de outubro de 2023 após um ataque terrorista em território israelense ter deixado cerca de 1.200 mortos e cerca de 250 terem sido levados reféns pelo grupo.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 70% dos mortos são mulheres ou crianças. A ONU vem fazendo um levantamento para verificar todas as mortes registradas pelo Ministério da Saúde de Gaza.
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Acordo de cessar-fogo entre Hamas e Israel e libertação de reféns entra na fase final de negociação
Veja abaixo cronologia dos fatos mais importantes do conflito:
2023
Pilha de carros destruídos após o ataque do Hamas em Israel são vistos por drone em 30 de outubro de 2023 — Foto: Ilan Rosenberg/REUTERS
7 de outubro: Terroristas liderados pelo Hamas invadem o sul de Israel, matando 1.200 pessoas e capturando 251 reféns israelenses e estrangeiros, segundo contagens israelenses.
20 de outubro: O Hamas liberta dois reféns israelenses-americanos.
23 de outubro: O Hamas liberta dois reféns idosos israelenses.
30 de outubro: Exército israelense resgatam uma soldada israelense sequestrada em 7 de outubro.
21 de novembro: Israel e Hamas anunciam uma trégua de sete dias para trocar reféns mantidos em Gaza por palestinos presos em Israel e permitir a entrada de mais ajuda.
Cerca de metade dos reféns —mulheres, crianças e estrangeiros— foram libertados em troca de 240 mulheres palestinas e adolescentes detidos, antes da retomada da guerra em 1º de dezembro.
Negociações para um novo cessar-fogo ocorrem nos meses seguintes, mas ainda não deram frutos. Israel declara que deseja apenas uma pausa temporária para libertar mais reféns; o Hamas afirma que os libertará apenas como parte de um acordo permanente para encerrar a guerra.
15 de dezembro: Forças israelenses matam acidentalmente três reféns israelenses em Gaza. O incidente gera algumas das críticas mais severas dentro de Israel sobre a condução da guerra.
2024
Ao longo do ano, famílias de reféns lideram uma campanha para pressionar os líderes de Israel a garantir a libertação de seus entes queridos. Elas organizam protestos nas ruas, comparecem quase diariamente ao parlamento, encontram-se com líderes mundiais e são frequentemente entrevistadas pela mídia.
12 de fevereiro: O exército israelense informa ter libertado dois reféns durante uma incursão de forças especiais no bairro de Rafah, no sul de Gaza.
29 de fevereiro: Mais de 100 pessoas morrem durante distribuição de comida.
8 de junho: Forças israelenses resgatam quatro reféns mantidos pelo Hamas durante uma operação em um bairro residencial em Nuseirat, Gaza, em um dos ataques israelenses mais mortais da guerra.
27 de agosto: Forças especiais israelenses recuperam um refém israelense de um túnel no sul de Gaza em "uma operação de resgate complexa", afirma o exército.
31 de agosto: Israel descobre os corpos de seis reféns assassinados em um túnel do Hamas no sul de Gaza. Suas mortes provocam protestos em massa em Israel, exigindo que o governo negocie um acordo de reféns com o Hamas. Os seis foram mortos a tiros por seus captores 48 a 72 horas antes de serem encontrados, segundo estimativas do ministério da saúde.
7 de outubro: Conflito completa um ano sem perspectivas de acabar.
17 de outubro: Israel mata Yahya Sinwar, número 1 do Hamas, em Gaza.
21 de novembro: Netanyahu e outros membros do governo israelense têm mandados de prisão expedidos pelo Tribunal Penal Internacional.
2 de dezembro: O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, declara que haverá "consequências graves" no Oriente Médio se os reféns mantidos na Faixa de Gaza não forem libertados antes de sua posse em 20 de janeiro.