Publicada em 29/01/2025 às 10h56
Diplomatas israelenses em missão no Brasil passaram a alimentar a expectativa de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) volte a designar um embaixador para a representação brasileira em Tel Aviv.
O posto está vago desde fevereiro de 2024, após a escalada da crise diplomática entre o governo brasileiro e o de Benjamin Netanyahu. O embate foi deflagrado depois de Lula comparar o que acontecia em Gaza ao Holocausto.
Se concretizada, a nomeação de um embaixador representaria uma reaproximação entre os dois países.
A possibilidade passou a ser cogitada após Lula emitir uma nota oficial por ocasião do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, na segunda-feira (27).
O posicionamento, publicado na esteira do cessar-fogo na guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, foi visto como uma espécie de “bandeira branca” e surpreendeu diplomatas israelenses que atuam no Brasil.
"Há exatos 80 anos, o campo de concentração de Auschwitz foi libertado. Auschwitz foi o palco de uma brutalidade indescritível, onde pereceram um milhão dos seis milhões de judeus que perderam suas vidas sob a barbárie do regime nazista de Hitler", diz a nota de Lula.
"Recordar seus horrores não é apenas um ato de memória, mas também um gesto de compromisso com a Humanidade diante dos perigos do extremismo que ressurge nos dias de hoje. Como presidente do Brasil, renovo meu compromisso com a luta contra o antissemitismo e contra todas as formas de discriminação", prossegue.