Publicada em 25/01/2025 às 10h00
Israel libertou neste sábado (25) 200 prisioneiros palestinos como parte do acordo de cessar-fogo com o grupo terrorista Hamas, de acordo com informações confirmadas pelo serviço prisional israelense.
Assim que as quatro reféns israelenses foram soltas pela manhã, ônibus com os prisioneiros foram avistados saindo da prisão militar de Ofer, na parte ocupada da Cisjordânia, e de Ktziot, no deserto de Neguev.
Entre os 200 prisioneiros, estão 120 pessoas que cumprem penas de prisão perpétua após serem condenados por ataques mortais contra israelenses.
70 deles foram soltos na fronteira com o Egito, em Rafah. Esse grupo não poderá retornar à Faixa de Gaza ou à Cisjordânia, segundo a Qahera TV, emissora estatal do Egito. Eles serão transferidos para hospitais egípcios para receber tratamento.
Prisioneiro palestino faz gesto dentro de ônibus antes de ser libertado por Israel neste sábado (25) — Foto: Mohammed Salem/Reuters
O Egito foi um dos mediadores principais em mais de um ano de negociações pelo cessar-fogo.
A primeira troca de reféns ocorreu no domingo (19) com a libertação de três reféns israelenses e 90 prisioneiros palestinos.
Na manhã de hoje, o Hamas libertou quatro reféns militares israelenses e informou que uma refém civil será solta no próximo sábado (1).
Karina Ariev, Daniella Gilboa, Naama Levy e Liri Albag deixaram o território palestino em veículos da Cruz Vermelha.
Nos primeiros 42 dias de acordo de cessar-fogo, a previsão é que três a quatro reféns mantidos em Gaza sejam soltos a cada semana.
O acordo entre as duas partes prevê entre 30 e 50 presos libertados para cada refém devolvido e a interrupção dos bombardeios e incursões militares na Faixa de Gaza. (Veja abaixo as etapas do acordo).
A guerra de Israel contra o Hamas em Gaza já matou mais de 47.000 palestinos, de acordo com as autoridades de saúde de Gaza. O ministério não faz distinção entre combatentes e civis.
A guerra foi desencadeada pelo ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 a Israel, que matou cerca de 1.200 pessoas.
Comboio da Cruz Vermelha leva prisioneiros palestinos para libertação — Foto: Reprodução/Globonews
O acordo
Israel e Hamas chegaram a um acordo que pode colocar um fim definitivo na guerra após mais de seis meses de negociações. As conversas foram mediadas por Estados Unidos, Catar e Egito. Confira a seguir o que prevê o texto.