Publicada em 07/01/2025 às 15h26
Uma juíza dos EUA impediu temporariamente a divulgação de um relatório do Conselheiro Especial Jack Smith sobre o caso em que o presidente eleito, Donald Trump, era acusado de guardar documentos secretos ilegalmente em sua própria residência, em Mar-a-Lago, após sair da Casa Branca pela primeira vez, em 2021.
A juíza distrital Aileen Cannon, que presidiu o caso agora arquivado que acusa Trump de reter ilegalmente documentos sigilosos, instruiu o Departamento de Justiça a não divulgar o relatório até que um tribunal federal de apelações decida sobre um pedido dos dois ex-co-réus de Trump no caso .
Cannon foi nomeada juíza pelo próprio Trump. O processo contra o presidente eleito foi encerrado, mas ele segue correndo contra outros réus.
Os advogados dos co-réus, Walt Nauta e Carlos De Oliveira, acusados de obstruir a investigação, agiram na noite de segunda-feira para bloquear a divulgação do relatório.
Nauta e De Oliveira argumentaram que o relatório interferiria indevidamente no caso deles, que continua em andamento.
Promotor de casos contra Trump
Smith liderou a equipe de acusação do caso dos documentos confidenciais contra Trump e uma segunda acusação contra Trump, por ele tentar reverter sua derrota nas eleições de 2020. Ambos os casos foram arquivados.
Trump, que rejeitou a investigação federal e as outras duas investigações criminais que enfrentou como uma tentativa politicamente motivada de impedi-lo de retornar ao poder, disse que recebeu com satisfação a notícia.
“Foi um caso falso contra um oponente político”, disse Trump a repórteres em seu resort na Flórida na terça-feira. "Se eles não têm permissão para emitir o relatório, é assim que deveria ser... isso é uma ótima notícia."
Um porta-voz do escritório de Smith não quis comentar o pedido.