Publicada em 18/01/2025 às 09h52
Porto Velho, RO – Na última sexta-feira, 17, Rondônia testemunhou um marco significativo no combate ao crime organizado. Com a mediação da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RO), um líder de facção criminosa decidiu se render às autoridades, temendo pela própria vida. Este ato simboliza a capitulação das forças paralelas diante da robusta resposta do governo estadual.
Faccionado se entrega após intervenção da OAB/RO / Reprodução
Sob o comando do Coronel Felipe Bernardo Vital, secretário da Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec/RO), em contato direto, o tempo inteiro, com o governador Coronel Marcos Rocha, do União Brasil, Rondônia tem reforçado seu papel de protagonista no enfrentamento ao crime organizado, empregando estratégias integradas e ações enérgicas. A segurança pública estadual, que já enfrentava desafios significativos, mostrou resiliência ao reverter rapidamente a escalada de violência que incluiu incêndios de coletivos e o assassinato do cabo Fábio Martins.
Coronel Vital na linha de frente do combate às facções / Reprodução
A resposta imediata e eficaz do governo
Em apenas cinco dias, as forças de segurança efetuaram 17 prisões e apreenderam armamento pesado, sinalizando o comprometimento do governo em manter a ordem pública. Durante as operações, cinco bandidos foram mortos em confronto direto com policiais militares, demonstrando a postura firme das autoridades diante das ameaças.
As ações foram coordenadas diretamente pelo Coronel Vital, que demonstrou liderança ao participar ativamente das operações. Sua presença na linha de frente, como na apreensão de um menor envolvido em atos criminosos, evidencia um modelo de gestão pautado pela proximidade operacional e pela estratégia.
Além disso, a captura dos responsáveis pela execução do cabo Martins reafirma a eficácia do sistema integrado de segurança. A resposta não apenas honrou a memória do policial, mas também enviou um recado claro às organizações criminosas: o Estado não recuará diante das ameaças.
PM faz varredura no Orgulho do Madeira / Reprodução
O peso do Estado contra as facções
A rendição do líder de facção, com a colaboração da OAB/RO, não é um evento isolado. Fontes indicam que outros integrantes do poder paralelo podem seguir o mesmo caminho, reconhecendo a força do Estado. Esse movimento reflete a pressão crescente imposta pelas forças policiais no Orgulho do Madeira, área historicamente vulnerável à influência criminosa.
Neste sábado, 18, a capital Porto Velho registra o segundo dia consecutivo sem ofensivas. Além disso, os ônibus da frota pública voltaram a circular normalmente no Orgulho do Madeira, marcando um retorno gradativo à normalidade após os recentes episódios de violência.
Presídios foram revistados por policiais penais / Reprodução
Além da força tática e operacional, a inteligência tem se mostrado uma ferramenta indispensável no combate ao crime organizado. A capacidade de antecipar cenários e agir preventivamente foi evidenciada quando o prefeito de Porto Velho, Léo Moraes, do Podemos, buscou o 5º BEC para negociar a guarda de ônibus escolares, garantindo a integridade do patrimônio público enquanto perdurar o estado de imprevisibilidade na capital. Essa medida reforça a importância de articulações estratégicas que complementam as operações de segurança, protegendo recursos fundamentais à sociedade.
A pedido de Marcos Rocha, a Força Nacional passou a atuar em Rondônia / Reprodução
Em editorial recente, o Rondônia Dinâmica cobrou ações mais incisivas da Sesdec, destacando que “é vital que o Estado de Rondônia use todo o seu peso contra as facções”. A atuação do Coronel Vital parece responder à demanda, demonstrando que a crítica construtiva pode influenciar positivamente a condução das políticas públicas. O mundo empírico demonstra que a crítica é bem-vinda e, sim, deve ser feita. Entretanto, usufruir do caos e da desgraça alheia para fomentar o pânico, utilizando um momento passageiro de instabilidade como ferramenta política, é, no mínimo – ainda que indiretamente –, atuar a favor das facções, do crime organizado.
As abordagens foram contundentes / Reprodução
Gargalos e desafios da segurança pública
Apesar dos avanços, não se pode ignorar os gargalos ainda presentes na segurança pública estadual. O déficit de efetivo foi exposto durante a crise, obrigando a convocação de agentes cedidos a outros órgãos para atuar nas ruas. A situação evidencia a necessidade urgente de reforço no contingente policial, uma responsabilidade que recai sobre o Executivo estadual.
Esse cenário é agravado pelo crescimento populacional e pela complexidade crescente dos crimes. Investimentos em tecnologia, infraestrutura e capacitação são indispensáveis para que Rondônia consolide os resultados obtidos e evite recuos em futuras operações.
Os agentes da Força Nacional deram apoio à Segurança Pública de Rondônia / Reprodução
Parcerias e articulações interestaduais
A atuação integrada de Rondônia com estados vizinhos, como Acre, Amazonas e Mato Grosso, reforçou a capacidade de resposta. O envio de forças policiais e suporte aéreo por essas unidades federativas evidenciou que o combate ao crime organizado transcende fronteiras, exigindo colaboração interestadual e federal.
O envolvimento direto do governador Marcos Rocha, que priorizou investimentos na área, é outro fator determinante. A aquisição de viaturas, armamentos e tecnologias, somada à valorização salarial dos agentes, cria um ambiente mais favorável ao enfrentamento da criminalidade.
Mulher responsável pela morte do cabo Fábio Martins foi presa no Acre / Reprodução
O papel da OAB/RO
A OAB/RO desempenhou um papel fundamental ao intermediar a rendição do líder de facção. Em nota oficial, a entidade reafirmou seu compromisso com a paz social e a promoção da justiça. “A Ordem agiu e age para a efetiva proteção da vida de civis e da paz social”, destacou a diretoria, ressaltando a importância da parceria institucional com o Estado.
Números oficiais da Segurança Pública de Rondônia / Reprodução
Reflexões finais
O desfecho da última semana em Rondônia traz à tona uma realidade incontornável: a criminalidade organizada não é invencível. Quando o Estado atua de forma integrada, estratégica e com liderança eficaz, os resultados aparecem. No entanto, para que o equilíbrio alcançado se mantenha, é essencial que os gargalos sejam tratados com a mesma urgência e prioridade que marcaram a resposta às recentes crises.
Apesar das dificuldades impostas pelas chamadas “varejeiras do caos”, que tentaram explorar a situação sem oferecer contribuições reais, a resposta eficiente contou com o comprometimento de lideranças sérias e parceiros engajados. Entre eles, destaca-se a articulação do governo estadual, da prefeitura da capital e de representantes que atuaram diretamente em Brasília para viabilizar apoio logístico e político.
O governador em exercício Sérgio Gonçalves, Coronel Vital e policiais no Orgulho do Madeira / Reprodução
Tais esforços demonstram que, diante de desafios complexos, a união de agentes comprometidos é indispensável.
A gestão do Coronel Felipe Vital, marcada por ações enérgicas e liderança ativa, surge como exemplo de que o enfrentamento ao crime exige mais que recursos; demanda comprometimento, estratégia e a coragem de estar na linha de frente. O recado às facções é claro: em Rondônia, o Estado prevalece.