Publicada em 16/01/2025 às 15h39
Com o tema "Hanseníase: precisamos falar e agir", a Prefeitura de Porto Velho, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), realizou na quinta-feira (16), a abertura da campanha Janeiro Roxo, no Centro de Especialidades Médicas Dr. Alfredo Silva (CEM), com o objetivo de alertar a população para os cuidados sobre a infecção.
Durante o evento, foi realizada uma palestra com informações e dúvidas da população, com a presença de autoridades e pacientes. A campanha Janeiro Roxo foi definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma oportunidade para sensibilização da população sobre a hanseníase. Mês pontual para discutir e refletir sobre a doença como problema de saúde pública e potencializar as ações para sua eliminação.
Pensando na prevenção, a Prefeitura da capital realiza neste mês de janeiro uma série de atividades voltadas para a conscientização e combate à hanseníase, doença infectocontagiosa que ainda enfrenta preconceitos e desconhecimento. Entre as ações estão: capacitação de servidores, palestras em diversos setores e ainda mutirão de atendimento em unidades básicas de saúde, onde serão realizadas atividades que incluem avaliação das manchas e teste de sensibilidade.
Segundo a coordenadora municipal de hanseníase, Sheila Arruda, os novos casos diminuíram nos últimos anos. Em 2023, por exemplo, foram 54 novos casos e em 2024 foram confirmados, por enquanto, 52 registros. Os dados oficiais e completos do ano passado serão divulgados em fevereiro desse ano. "Essa é uma doença que precisa de muita atenção. Só para se ter uma ideia aqui no CEM são de 30 a 35 pacientes que fazem acompanhamento da doença há muitos anos", conclui.
O secretário da Semusa, Jaime Gazola, participou do lançamento da campanha e destacou a importância do diagnóstico precoce da doença. "Essa é uma doença que merece atenção e principalmente o diagnóstico precoce para um tratamento eficiente. A Prefeitura da capital está trabalhando para que nossas Unidades Básicas de Saúde encaminhem casos suspeitos para áreas especializadas, e assim, o paciente realizará o tratamento da forma adequada", disse o secretário.
SINAIS E DIAGNÓSTICO
De acordo com o médico especialista na doença, Tiago Barnabé, entre os sinais da hanseníase estão: manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade tátil, térmica e dolorosa e além de áreas com diminuição dos pelos e do suor. "A transmissão ocorre quando uma pessoa com hanseníase, na forma infectante da doença, ou seja, sem tratamento, elimina secreções nasais, gotículas da fala, tosse, espirro", finaliza.
O diagnóstico é feito por profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS), na atenção primária. Vale lembrar que o SUS disponibiliza o tratamento e acompanhamento da doença de forma gratuita e ainda nas unidades de referência, como, por exemplo, o Centro de Especialidades Médicas (CEM). Se tratada de maneira correta, ainda no início do tratamento, a doença deixa de ser transmitida.