Publicada em 28/01/2025 às 11h25
Porto Velho, RO – Com trajetórias que se entrelaçam à história recente de Rondônia, Valdir Raupp e Acir Gurgacz, ex-senadores pelo estado, emergem como figuras centrais em discussões sobre um possível retorno à cena política nacional. Enquanto colunistas políticos avaliam os legados deixados por ambos, questões sobre renovação, credibilidade e representatividade tomam o centro do debate.
Valdir Raupp, filiado ao MDB, iniciou sua carreira política em Rondônia nos anos 1980, ascendendo de vereador em Cacoal a governador do estado em 1994. Posteriormente, ocupou uma cadeira no Senado por dois mandatos consecutivos, encerrados em 2019. Raupp manteve uma postura ativa em pautas nacionais, como sua controversa proposta de lei sobre jogos eletrônicos e seu apoio à PEC do Teto de Gastos e à reforma trabalhista.
Por outro lado, Acir Gurgacz, empresário e político pelo PDT, também possui uma trajetória de destaque. Eleito senador em 2006 após a cassação de seu principal concorrente, foi reeleito em 2014, mas perdeu força política nas eleições de 2022. Durante seu mandato, liderou a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária e teve posicionamentos polêmicos, como seu voto a favor do impeachment de Dilma Rousseff, contrariando seu partido, e seu apoio à reforma trabalhista.
Apesar de suas diferenças, ambos carregam passados controversos, que podem ser tanto um obstáculo quanto um ponto de reflexão para os eleitores. A política é cíclica. Sempre há espaço para debates sobre o que figuras históricas ainda podem agregar em um cenário de renovação.
Com o cenário político em Rondônia atualmente dominado por nomes como Marcos Rogério (PL) e Confúcio Moura (MDB), a competitividade por espaço no Senado é evidente.
A pergunta que fica é: em meio à busca por renovação e a desafios crescentes no estado e no país, há lugar para o retorno de veteranos como Raupp e Gurgacz? Ou o eleitorado buscará uma nova geração de lideranças que represente melhor seus anseios? E você, leitor, acredita que os antigos líderes ainda têm algo a oferecer ou o momento é de apostar em novos rostos?