Publicada em 28/02/2025 às 09h14
Grandiosidade do Carnaval de PVH exige investimento, planejamento e manter a identidade da festa
CARO LEITOR, com a chegada de Léo Moraes ao Prédio do Relógio, o carnaval de Porto Velho foi ressignificado, principalmente, com o desfile dos blocos do circuito da Pinheiro Machado e manutenção do percurso original da Banda do Vai Quem Quer. O fomento e apoio a festas populares tradicionais, a exemplo do carnaval, é de suma importância para movimentar a economia local, porém, não se pode deixar perder a identidade da festa de caráter popular. O carnaval no Brasil inteiro tem atraído uma multidão. Porto Velho não está sendo diferente, tem atraído brincantes dos municípios do interior rondoniense e dos estados vizinhos, basta conferir a taxa de ocupação de hotéis, pousadas e aplicativos de hospedagens. Em face desse sucesso, o poder público municipal deve procurar parcerias no âmbito estadual, federal e empresarial, para fortalecer os blocos e garantir maiores investimentos para que o Carnaval do Porto Alegria se torne uma tradição na cidade.
Identidade
Investir no carnaval sem perder a nossa identidade cultural. Porto Velho precisa fazer um carnaval de maneira democrática, participativa e sempre ouvindo os blocos para não perder a identidade local, ou seja, deixar de ser a cara do porto-velhense.
Olhares
O Carnaval do Porto Alegria 2025 está atraindo multidões, os olhares dos patrocinadores se voltam para Porto Velho, preocupadas não com a cultura, mas sim com a exploração que podem fazer da festa. Neste caso, os patrocinadores precisam ser alertados da importância de manter a identidade da festa no âmbito local.
Dinâmica
Os blocos de Porto Velho continuam enfrentando desafios econômicos no tocante a patrocinadores, mesmo com a explosão de foliões. Esse fenômeno de falta de apoio aos blocos está vinculado à dificuldade do poder público e do setor privado em compreender por inteiro a dinâmica do carnaval.
Covid-19
Não muito diferente as festas de réveillon, as prévias de carnaval no país inteiro fizeram crescer os casos de covid-19. Os foliões precisam compreender a necessidade de tomar a vacina para cair no frevo.
Civilidade
Adversários políticos, o presidente Lula (PT) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deram prova de urbanidade e civilidade, quando dividiram palanque no evento de lançamento do edital para a construção do túnel que ligará as cidades de Santos e Guarujá.
Rito
Em tempos de polarização de partidos da direita e extrema-direita com partidos de centro, esquerda e extrema-esquerda, Lula (PT) e Tarcísio (Republicanos) no mesmo palanque, significa cumprir um rito de formalidades, gestos e palavras no sentido de demonstrar ao público alvo o mútuo respeito e urbanidade.
Túnel
O túnel que ligará as cidades de Santos e Guarujá, municípios paulistas, custará R$ 6 bilhões de reais, valor a ser pago pelos governos federal e estadual. O início da construção do túnel se dará em 2026, e o término em 2031, se não houver atraso.
BR. 364
Ontem (27), na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), foi batido o martelo da privatização da BR. 364, com a presença do ministro dos Transportes Renan Filho (MDB). O vencedor da concessão foi o Consórcio 4UM-Opportunity, que por sua vez, foi a única concorrente do certame.
Privatização I
O leitor lembrou que o senador Confúcio Moura (MDB) foi o único parlamentar rondoniense a falar do tema abertamente e apoiar a privatização da BR. 364. Realmente, minha memória falhou e fica o registro.
Privatização II
Os senadores Jaime Bagattoli e Marcos Rogério, ambos do PL, tiveram uma atuação tímida contra a privatização da BR. 364, se limitando apenas aos microfones do Senado e nas redes sociais. Contudo, vale lembrar que o PL é um partido liberal e defende o liberalismo econômico, ou seja, o Estado mínimo, a privatização e o corte de gastos.
Liberal
O PL, por ser um partido de bandeira liberal defensor do liberalismo econômico, os senadores Jaime Bagattoli e Marcos Rogério, eleitos pela sigla, jamais deveriam se posicionar contra a privatização da BR. 364, nem mesmo pela cobrança de pedágio. Neste caso, ambos assumiram uma postura de parlamentares de partidos de centro, esquerda e extrema-esquerda quando ficaram contra a privatização.
Contra
Os oito deputados federais de Rondônia declaram ser ideologicamente de direita ou extrema-direita, ou seja, defende a liberdade e o liberalismo econômico. Estranhamente, todos ficaram contra a privatização da BR. 364, uma pauta de parlamentares da esquerda.
Enganar
Um parlamentar que pertence a um determinado partido com ideologia, princípios e valores bem definidos, mas a prática desse parlamente foge à regra, muitas vezes é mais para se enganar ou tentar enganar o público.
Abraçar
Mas é incompreensivo o presidente Lula e o PT, representar uma boa parcela dos eleitores de centro, esquerda, centro-esquerda e extrema-esquerda, abraçar uma pauta do liberalismo econômico que é a privatização. No Brasil, o poste mija no cachorro.
Hidrovia
A próxima privatização do Governo Lula III deverá ser a hidrovia do rio Madeira. O deputado estadual Alan Queiroz (Podemos) largou na frente e promoveu audiência pública sobre o tema no ano de 2023, alertando dos prejuízos que a privatização do rio Madeira pode causar à marinha mercante, aos garimpeiros, ribeirinhos e ao transporte de passageiros.
Apoiando
O secretário Paulo Júnior, da SEMDESTUR, afirmou que a gestão do Prefeito Léo Moraes (Podemos) seguirá ao longo do mandato, apoiando e investido na realização do Carnaval Porto da Alegria.
Intenção
O secretário-adjunto da SEMDESTUR, Aleks Palitot, disse que a intenção da pasta é proporcionar condições adequadas para que os blocos de rua, os blocos caricatos e as escolas de samba possam seguir enriquecendo o carnaval de Porto Velho.
Desafio
O maior desafio do prefeito Léo Moraes (Podemos) nos próximos anos é transformar Porto Velho num polo de atração de festas populares, em especial, o carnaval no intuito de fortalecer o calendário turístico da cidade, a economia local e se tornar uma alternativa para quem busca festa de altos custos de destinos tradicionais, como Rio de Janeiro, Recife ou Salvador.
Evitaram
Os blocos carnavalescos de Porto Velho, na sua grande maioria, evitaram recorrer ao apoio cultural da SEJUCEL devido à Operação Dionísio. O receio é desproporcional e uma coisa não tem nada a ver com a outra, o recurso existe e precisa ser investido no apoio cultural e no fomento do carnaval.
Galo
Para minha tristeza e de muitos foliões, fizeram desaparecer o Bloco Galo da Meia Noite de Porto Velho. Para quem não sabe, o Galo é uma tradicional entidade carnavalesca da nossa capital e detém do título de Patrimônio Cultural Imaterial do Município de Porto Velho.
Interior
No interior, o município de Nova Mamoré, localizado na Região de Fronteira entre o Brasil e a Bolívia, deverá fazer um dos maiores carnavais no interior. O prefeito Marcélio Brasileiro (PL) ano a ano, vem resgatando o carnaval tradição da cidade “Berço do Madeira”.
Sério
Falando sério, o carnaval em qualquer canto e recanto do país precisa ser fomentado de forma estruturada, planejada e sustentável. Os gestores públicos precisam criar as condições necessárias para essa festa popular siga encantando moradores e turistas, fortalecendo a economia criativa e planejando ações para a festa popular não perder a sua identidade.
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