
Publicada em 25/02/2025 às 08h46
COLUNA FALANDO SÉRIO: Correios recorrem à dívida bilionária para evitar colapso financeiro
CARO LEITOR, os Correios, em 2021, tiveram um lucro recorde de R$ 3,7 bilhões, mas esse lucro foi possível devido à maquiagem contábil que excluiu os gastos com benefícios pós-emprego e precatórios. Esse fato ocorrido no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) viralizou nas redes sociais pela militância bolsonarista, porém, os dados foram manipulados como mencionado acima para tornar a estatal símbolo de eficiência no governo Bolsonaro. Por conseguinte, mesmo excluindo da contabilidade os gastos com benefícios pós-emprego e precatórios, nos anos seguintes do governo Bolsonaro, a estatal apresentou prejuízos, vejamos: em 2022, último ano do governo de Jair Bolsonaro, os Correios tiveram um prejuízo de R$ 768 milhões. Em 2023, no primeiro ano do governo Lula III, os Correios tiveram um prejuízo de R$ 597 milhões e, em 2024, os Correios entregaram um rombo de R$ 3,2 bilhões. Contudo, em 2024, o governo federal arrecadou R$ 2,8 bilhões com a "taxa das blusinhas", um imposto sobre compras internacionais de até US$ 50. Daí a culpa dos prejuízos de R$ 2,2 bilhões aos Correios em 2024 é da "taxa das blusinhas"? Querem subestimar a inteligência da maioria dos brasileiros?
Plano
Os Correios, por conta do prejuízo bilionário, desenharam um plano para tentar a estabilidade econômico-financeira da estatal. Dentre as medidas para impedir a insolvência, a estatal tentará recorrer a um empréstimo bilionário de R$ 1,8 bilhão para serem pagos em 60 meses, mas sem garantia da União em razão da incerteza no ateste de capacidade de pagamento.
Empréstimo
O endividamento seria com o banco dos Brics na ordem de €717 milhões de euros, que, convertidos, representam hoje quase R$ 4,3 bilhões reais. A carência para pagar o empréstimo bilionário seria de 5 anos e a dívida levaria duas décadas.
CPI
Há alguns entraves no caminho do empréstimo bilionário para salvar os Correios, como aval da Casa Civil e do Senado, além da mobilização da oposição que já tem CPI no gatilho para investigar a estatal. Neste caso,o deputadoo federal Coronel Chrisóstomo (PL) foi o único parlamentar rondoniense que assinou o requerimento da CPI dos Correios.
Dilma
Falando em Brics e empréstimo, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que preside o BRICS, está internada desde sexta-feira (21) no Shanghai East Internacional Medical Center, em Xangai, na China, onde trata um quadro de neurite vestibular (inflamação no nervo do equilíbrio). Ela foi internada depois de apresentar pressão alta, vômito e tonturas.
Silvia
A deputada federal Sílvia Cristina (PP) tem um reconhecido trabalho na saúde, com destaque para a destinação de recursos para o combate ao câncer. No final de semana que passou, Silvia entregou R$ 500 mil para beneficiar entidades filantrópicas em Vilhen. Cada uma delas receberá R$ 100 mil para ajudar no custeio e manutenção.
Filantrópicas
As entidades filantrópicas que foram beneficiadas pelas emendas parlamentares da deputada federal Silvia Cristina (PP) em Vilhena foram: Apae, a Casa de Apoio Amor e Vida, a Associação Desportista Missões, o Lar dos Idosos e a Associação de Karatê Champions. Lembrando: cada entidade recebeu R$ 100 mil.
Fitha I
Os municípios rondonienses, no ano em curso, receberão mais de R$ 43 milhões do Fundo de Transporte e Habitação (Fitha) do Governo de Rondônia para investimentos em infraestrutura. Os recursos serão repassados por meio de convênios.
Fitha II
O repasse do Fitha aos municípios rondonienses representa 35% da arrecadação do referido fundo. Neste caso, o mesmo percentual de repasse adotado em 2024 servirá para o exercício de 2025, ou seja, sem Fitha adicional para os municípios como acontecia em governos anteriores.
Municipalista
O governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil), considerado o primeiro governo municipalista de Rondônia, afirmou que “as ações municipalistas serão intensificadas em 2025 e o Fitha será repassado a cada município para permitir investimentos estratégicos em projetos que melhorem a qualidade de vida e impulsionem a economia local”.
Queiroz
No final de semana, o deputado estadual Alan Queiroz (Podemos), entregou equipamentos essências para a agricultura familiar. A Associação dos Produtores Rurais de Theobroma (APRUTH) foi beneficiada com uma grade niveladora e subsolador (R$ 75 mil) e a Associação dos Trabalhadores Rurais do Assentamento Rio Branco – Palmares: calcareadeira, perfurador e sulcador (R$ 52 mil).
Iniciativa
O prefeito Léo Moraes (Podemos), com boa iniciativa, determinou a limpeza imediata do circuito do carnaval depois da passagem dos blocos. A limpeza envolve a varrição, o recolhimento do lixo e a lavagem das ruas com caminhão pipa. Detalha, a lavagem está sendo realizada com essência para eliminar os odores da sujeira que afeta moradores e trabalhadores locais.
Ausência
Contudo, observei a ausência de papeleiras e lixeiras temporárias - toneis, distribuídas nas calçadas no circuito do carnaval, bem como a distribuição de banheiros químicos ao longo do percurso. Por sua vez, acredito que o trajeto deveria ser diminuído em uma ou duas ruas para não haver tanta dispersão dos foliões e não prejudicar tanto a venda dos vendedores ambulantes.
Decreto
Por meio do Decreto nº 20.763, de 27 de janeiro de 2025, o prefeito Léo Moraes (Podemos) declarou situação de emergência na saúde pública em Porto Velho. A coluna apurou que, até a presente data, o prefeito não usou o referido decreto para fazer compras sem licitação para a saúde.
OSS
Contudo, especula-se que o decreto de emergência na saúde pública em Porto Velho, da gestão do prefeito Léo Moraes (Podemos), sirva de pano de fundo para contratar Organizações Sociais de Saúde (OSS) como alternativa gerencial no âmbito municipal.
Esclareceu
Na Tribuna da Câmara Municipal de Porto Velho, a vereadora Elis Regina (União Brasil) já esclareceu que a maioria dos profissionais de saúde do município é terceirizados por empresas contratadas pela prefeitura da capital.
Terceirização
Em coluna anterior, escrevi que a saída para os gestores municipais em saúde pública, no meu ponto de vista, é optar pela terceirização de algumas unidades de saúde no âmbito estadual e municipal.
Remanejamento
A terceirização em saúde possibilitaria o remanejamento dos profissionais do quadro permanente para unidades específicas e as unidades terceirizadas ficariam a cargo das empresas prestadoras de serviço em saúde contratadas.
Melhora
A terceirização da saúde diminui custos, aumenta os resultados e melhora a qualidade de entrega aos usuários do SUS. Neste caso, a terceirização traz como vantagem maior agilidade, regras e métricas mais claras para o serviço contratado e, na ponta do lápis, gera economicidade.
Comédia
Não precisa ir ao teatro ou assistir filmes de comédia na televisão para dar boas gargalhadas, basta se dirigir à Câmara Municipal de Porto Velho (CMPV) para assistir ao show de horrores e à espetacularização dos vereadores novatos em sessão plenária. Em face disso, insisto em dizer que a sociedade portovelhense deve cobrar dos vereadores a transmissão on-line das sessões pelo YouTube.
Acusações
Em bate-boca ontem por conta do tema Lar do Bebê, porque três crianças fizeram buraco no muro e fugiram de unidade de acolhimento em Porto Velho, os vereadores Marcos Combate (Agir) e o vereador Pastor Bruno (PL) trocaram acusações. Esse último chegou a dizer que Combate não reunia condições morais para possuir assento naquela Casa de Leis.
Sério
Falando sério, os Correios desembolsaram R$ 1,3 milhão em patrocínio para o “Encontro de Novos Prefeitos 2025”, evento organizado pela Presidência da República e que teve o presidente Lula (PT) como protagonista. Enquanto isso, funcionários tiveram salários atrasados e a empresa amarga um rombo bilionário, daí a pergunta: falta dinheiro ou bom senso gerencial na estatal?