
Publicada em 17/02/2025 às 15h35
Com fotos de seus entes queridos, familiares de reféns israelenses que ainda estão em poder do Hamas na Faixa de Gaza manifestaram-se nesta segunda-feira (17), quando se completam 500 dias de cativeiro.
Dezenas de pessoas marcharam até a residência do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém, entoando palavras de ordem e carregando cartazes. Depois, reuniram-se com deputados no Parlamento.
"Meus olhos ardem pelas lágrimas que derramo há 500 dias", disse Einav Zangauker, cujo filho, Matan, está entre os reféns.
Aos deputados, nesta segunda-feira, Zangauker pediu que eles "façam todo o possível para trazer" de volta, tanto seu filho quanto os outros reféns,"vivos".
Cartazes pedindo que o acordo de cessar-fogo seja mantido e a guerra termine em protesto na porta da casa de Benjamin Netanyahu — Foto: Menahem Kahana / AFP
Em dezembro, Matan apareceu vivo em um vídeo divulgado pelo Hamas. Ele foi sequestrado junto com a namorada no kibutz Nir Oz durante o violento ataque dos militantes do grupo extremista palestino no dia 7 de outubro de 2023.
Após a assinatura do novo acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas, 19 reféns israelenses foram libertados desde 19 de janeiro, quando começou a primeira fase da trégua; mais de 1.100 palestinos que estavam presos em cadeias israelenses foram libertados.
Uma autoridade de segurança israelense contou à agência de notícias Reuters nesta segunda-feira que Israel está se preparando para receber os corpos de quatro reféns na quinta-feira (20) e seis prisioneiros vivos no sábado (22).
Se as duas transferências forem bem-sucedidas, apenas quatro reféns, todos presumivelmente mortos, permanecerão em Gaza dos 33 que estavam previstos para serem libertados na primeira fase do acordo de cessar-fogo.
Nesta segunda-feira, também estão previstas manifestações em Jerusalém e Tel Aviv pelos 500 dias de cativeiro dos reféns.