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Publicada em 26/02/2025 às 14h47
Porto Velho, RO – Segundo veiculou o jornal Folha de S. Paulo, o pecuarista Bruno Scheid, segundo vice-presidente do Partido Liberal (PL) em Rondônia, tem acompanhado o ex-presidente Jair Bolsonaro em diversas viagens pelo país portando um distintivo com a inscrição "agente de segurança". O item, segundo ele, serve para facilitar a circulação em eventos e evitar transtornos.
A presença de Scheid ao lado de Bolsonaro ganhou repercussão após a divulgação de uma fotografia tirada em 24 de fevereiro, durante uma viagem do ex-presidente a Pernambuco. O uso do distintivo gerou questionamentos, mas Scheid afirmou que não tem a intenção de confundir ninguém ou induzir ao erro. Ele declarou que o objeto pode ser adquirido livremente em casas militares, sem necessidade de comprovação específica, e que seu uso seria semelhante ao de um crachá.
Ainda conforme a Folha de S. Paulo, Scheid disse que distintivos similares são utilizados por assessores parlamentares, deputados e senadores e que servem apenas como identificação para acesso a determinados locais. Ele também enfatizou que "jamais se passaria por um policial", reforçando que não faz parte de nenhuma força de segurança pública.
A relação de Scheid com Bolsonaro se estreitou por meio da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Ele organizou eventos de arrecadação voltados para a campanha presidencial, com a participação de ruralistas. Antes das eleições de 2022, esteve 11 vezes no Palácio do Planalto, de acordo com dados obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo via Lei de Acesso à Informação.
Atualmente atuando como pecuarista em Ji-Paraná (RO), Scheid foi sócio de uma empresa de móveis em São Paulo antes de migrar para o setor agropecuário. Em 2019, ocupou um cargo na Secretaria de Agricultura de Rondônia, durante a gestão de Marcos Rocha. Também participou da campanha de Marcos Rogério (PL) ao governo do estado nas eleições de 2022.
O Partido Liberal não comentou o assunto. A assessoria de Marcos Rogério, presidente do diretório estadual do PL, afirmou à reportagem da Folha que o caso se trata de uma questão pessoal de Scheid e que a legenda não fará manifestação oficial.
Enquanto Bolsonaro responde a uma denúncia por tentativa de golpe de Estado, o que pode levá-lo à prisão, Scheid continua acompanhando o ex-presidente em compromissos pelo país.
A matéria completa pode ser lida na Folha de S. Paulo.
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