![Não é inteligente negociar com EUA, diz líder do Irã após Trump falar em acordo nuclear](/uploads/y6kgo4ceznt50xs.jpg)
Publicada em 07/02/2025 às 15h10
"Você não deve negociar com um governo desses, é imprudente, não é inteligente, não é honroso negociar", afirmou ele, acrescentando que os EUA "arruinaram, violaram e rasgaram" um acordo nuclear de 2015
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse nesta sexta-feira (7) que experiências anteriores já provaram que negociações com os Estados Unidos não são "inteligentes, sábias ou honrosas", relatou a agência de notícias oficial do país, a IRNA.
"Você não deve negociar com um governo desses, é imprudente, não é inteligente, não é honroso negociar", afirmou ele, acrescentando que os EUA "arruinaram, violaram e rasgaram" um acordo nuclear de 2015.
As declarações ocorrem dois dias após o recém-empossado presidente americano, Donald Trump, dizer que gostaria de começar a trabalhar em um acordo de paz com Teerã depois de restaurar sua campanha de máxima pressão sobre o país.
"Relatos de que os EUA, em conjunto com Israel, pretendem fazer o Irã em pedacinhos são muito exagerados. Eu prefiro muito mais um acordo de paz nuclear verificado. Devemos começar a trabalhar nisso imediatamente", afirmou o republicano nas redes sociais na última quarta-feira (5).
O plano vem do mesmo presidente que, em 2018, durante seu primeiro mandato na Casa Branca, retirou Washington do pacto nuclear de Teerã com potências mundiais, citado por Khamenei nesta sexta -o acordo impunha restrições ao programa nuclear do Irã em troca de um alívio das sanções econômicas. Na ocasião, Trump restabeleceu medidas que prejudicaram a economia do Irã.
Na quinta (6), o presidente iraniano, Masud Pezeshkian, já havia se manifestado sobre o assunto dizendo que seu país não busca armas nucleares.
"Verificar esta questão é uma tarefa fácil", disse ele em uma reunião com diplomatas estrangeiros em Teerã, citando um pronunciamento de Khamenei que proíbe armas atômicas. "Massacrar pessoas inocentes não é aceitável na doutrina da República Islâmica do Irã", afirmou.
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