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Publicada em 25/02/2025 às 15h29
O papa Francisco segue em estado crítico, mas não teve mais crises respiratórias, disse nesta terça-feira (25) o Vaticano.
De acordo com a Santa Sé, o pontífice retomou parcialmente os trabalhos — na segunda-feira, ele já havia tido reuniões e conversado por telefone com o pároco de Gaza, uma rotine que ele vinha mantendo desde o início da guerra entre Israele o Hamas.
Assim como nos últimos dias de sua internação, seu prognóstico de saúde continua reservado.
"Não houve episódios respiratórios agudos, e os parâmetros hemodinâmicos [de sangue] continuam estáveis", diz a nota divulgada pelo Vaticano. "À noite [tarde, no horário de Brasília], ele fez uma tomografia de controle programada para o monitoramento radiológico da pneumonia bilateral."
Mais cedo, o Vaticano havia dito que Francisco, de 88 anos, teve uma boa noite de sono.
Também nesta terça, o Vaticano disse que o papa Francisco se reuniu com membros da Igreja Católica no hospital para deliberar sobre candidatos a se tornarem santos.
A reunião ocorreu na segunda-feira (25), com o secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Paroline, e seu vice-secretário, Edgar Peña Parra, ainda de acordo com o Vaticano. Nela, Francisco também aprovou decretos para cinco beatificações e duas canonizações.
Nesta terça, o boletim oficial da Santa Sé publicou os decretos aprovados pelo pontífice.
Francisco foi internado no Hospital Gemelli, em Roma, no dia 14 de fevereiro com um episódio de bronquite, que evoluiu para pneumonia nos dois pulmões.
O tom dos boletins médicos ficou mais grave no sábado (22), quando foi informado que Francisco, que enfrenta problemas pulmonares há décadas, sofreu uma crise asmática prolongada, necessitando de terapia de oxigênio de alto fluxo e de transfusão de sangue.
VÍDEO: fiéis se reúnem no Vaticano em vigília pela saúde do Papa Francisco
Na segunda-feira, o Vaticano afirmou que a condição do pontífice havia mostrado uma "ligeira melhora", acrescentando que a "insuficiência renal leve", que foi relatada no fim de semana, não era motivo de preocupação.
A pneumonia dupla é uma infecção grave que pode inflamar e cicatrizar ambos os pulmões, dificultando a respiração. O Vaticano descreveu a infecção do papa como "complexa", explicando que foi causada por dois ou mais micro-organismos.
Francisco, que é papa desde 2013, tem enfrentado problemas de saúde nos últimos dois anos. Ele é particularmente propenso a infecções pulmonares, pois desenvolveu pleurisia quando jovem e teve parte de um pulmão removido.
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