Publicada em 25/02/2025 às 11h52
Porto Velho, RO – O secretário de Estado de Obras e Serviços Públicos de Rondônia (Seosp), Elias Rezende, negou qualquer articulação para assumir a Casa Civil do governo de Marcos Rocha (União Brasil). A declaração foi dada em entrevista ao podcast Resenha Política, conduzido pelo jornalista Robson Oliveira. Rezende destacou que não teve qualquer interferência na saída do ex-chefe da Casa Civil, Júlio Gonçalves, e classificou como "infundadas" as especulações de que teria sido um dos responsáveis pela troca no comando da pasta.
"Eu poderia, se quisesse, ter pedido para ser chefe da Casa Civil em 2019, quando o governador ganhou a eleição. Nunca fiz isso", afirmou Rezende. Segundo ele, sua atuação sempre esteve mais voltada para áreas executivas, como a Seosp e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), onde ocupou cargos estratégicos.
O secretário ressaltou que nunca houve enfrentamento direto com Gonçalves, mas admitiu que discordava de alguns posicionamentos administrativos e políticos do ex-chefe da Casa Civil. "Isso é normal dentro de qualquer governo. O que importa é que o governador conseguiu a reeleição e tem uma gestão bem estruturada", acrescentou.
Rezende evitou responder diretamente se aceitaria o convite para comandar a Casa Civil, caso fosse indicado pelo governador. Segundo ele, a decisão sobre o sucessor de Júlio Gonçalves cabe unicamente a Marcos Rocha. "Quem assumir essa função precisa estar alinhado com as diretrizes do governador. Não adianta colocar alguém que caminhará sozinho", pontuou.
CONFIRA:
Sobre sua relação com o vice-governador Sérgio Gonçalves, irmão de Júlio, Rezende classificou o relacionamento como "republicano". "Não há rusgas ou divergências pessoais. Sempre conversamos e mantemos um diálogo institucional", afirmou.
Ainda sobre o cenário político, Rezende defendeu que Marcos Rocha deve focar sua atenção na disputa ao Senado em 2026. "A sucessão ao governo cabe ao vice-governador Sérgio Gonçalves e a outros possíveis candidatos. A prioridade do governador agora deve ser a eleição para o Senado", disse.
Durante a entrevista, Rezende também destacou os avanços da gestão Marcos Rocha na área de infraestrutura e mobilidade urbana. Ele citou obras como a pavimentação da rodovia do Calcário (RO-133), a substituição de pontes de madeira por estruturas de concreto e a construção de galerias para drenagem em estradas vicinais.
Sobre a rodovia 257, que liga Ariquemes a Machadinho do Oeste, o secretário afirmou que todas as cinco pontes da via foram substituídas e que a pavimentação da estrada foi retomada. "Essa era uma das principais demandas do Vale do Jamari, e conseguimos entregar as obras necessárias para garantir segurança e mobilidade à população", afirmou.
Rezende também comentou sobre uma possível reforma no secretariado estadual, mas disse não ter informações sobre mudanças planejadas pelo governador. "É natural que um governo que já está há seis anos faça ajustes. Isso faz parte da gestão pública", declarou.
Ao final da entrevista, o secretário reafirmou sua lealdade a Marcos Rocha e garantiu que seguirá as orientações do governador, caso seja convidado para qualquer nova missão. "Se ele precisar de mim para alguma função, estarei pronto para contribuir. Se entender que outra pessoa deve assumir, também respeitarei essa decisão", concluiu.
O episódio completo do podcast Resenha Política está disponível no canal do programa no YouTube e também pode ser assistido, de forma exclusiva, pelo portal Rondônia Dinâmica.
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