
Publicada em 19/02/2025 às 08h44
COLUNA FALANDO SÉRIO: No Brasil inteiro faltam nomes do campo progressista para disputar as duas vagas ao Senado nas eleições de 2026
Prof. Herbert Lins – DRT 1143
19/02/25 – quarta-feira
CARO LEITOR, o Senado Federal possui 81 senadores que são eleitos pelo voto majoritário para exercer um mandato de oito anos, sendo que são renovados em uma eleição um terço das cadeiras, e na eleição subsequente dois terços delas. Desse modo, nas eleições de 2026, o eleitor rondoniense vai escolher dois candidatos a senador para confirmar o seu voto nas urnas eletrônicas e renovar as duas cadeiras do estado de Rondônia na Câmara Alta do Congresso Nacional. É importante saber que os 26 estados e o Distrito Federal possuem a mesma representatividade no Senado Federal, ou seja, com três senadores cada – mesmo peso político. Neste caso, os senadores representam os estados e não a proporcionalidade em relação ao número de habitantes de cada estado, como é a regra para a Câmara dos Deputados. Contudo, a extrema-direita anda pregando para sua militância que faz necessário eleger o máximo de senadores e deputados federais nas eleições de 2026 no intuito de aprovar projetos contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Por sua vez, a ideia mais grave é votar o impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Neste caso, o pedido está na Casa há pelo menos dois anos, portanto, a guerra política nas eleições de 2026 será pelas duas cadeiras no Senado Federal.
Senado
No Brasil inteiro, faltam nomes do campo progressista para disputar as duas vagas ao Senado nas eleições de 2026. Já na direita e na extrema-direita sobram nomes para disputar as duas vagas ao Senado.
Importante
Por que a eleição para o Senado é importante para o campo progressista? Porque o Senado é responsável por votar indicações para o Banco Central, agências reguladoras e embaixadores, e repito, pode dar andamento a pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Troco
Aliados do presidente Lula (PT) vazaram para a grande imprensa nacional que ele andou dizendo o seguinte sobre as eleições de 2026: “Troco cinco governadores por um senador”. Falta pouco tempo para Lula (PT) preparar nomes do campo progressista para disputar as duas cadeiras ao Senado. Inclusive nas regiões Norte e Centro-Oeste.
Controle
Já a direita e a extrema-direita já fazem a festa porque podem ficar ainda mais fortes nas eleições do ano que vem. Se as projeções e profecias se confirmarem nas urnas, a oposição conservadora e bolsonarista pode assumir de vez o controle do Senado a partir de 2027.
Impeachment
As forças conservadoras da direita e da extrema-direita, com maioria no Senado, tentariam emparedar o governo com pautas bombas, além disso, ficariam sobre a ameaça de impeachment. Por sua vez, pautaria o impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Varredura
Os partidos no entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fazem uma varredura nos estados em busca de candidatos competitivos às duas vagas ao Senado. Caso o presidente Lula (PT) dispute a reeleição e seja reeleito, a previsão para o seu quarto governo é de conviver com uma bancada adversária no Senado ainda mais conservadora e extremista.
Denunciou
Ontem (18), a Procuradoria Geral da República (PGR) denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por organização criminosa, abolição violenta do Estado democrático de direito e golpe de Estado. Diante desse fato novo, a militância bolsonarista deve radicalizar e se empenhar para eleger a maioria dos candidatos para o Senado Federal e Câmara dos Deputados.
Lógica
São duas cadeiras em jogo para o Senado Federal nas eleições de 2026. Se der a lógica dos resultados eleitorais das eleições de 2010 e 2018, em que os eleitores rondonienses elegeram os ex-governadores Ivo Cassol e Confúcio Moura ao Senado, respectivamente, uma das vagas será do governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil).
Imprevisível
A briga pela segunda vaga, esta sim, caminha para desfecho imprevisível. O senador Marcos Rogério (PL) pode declinar da pretensão de disputar o Governo de Rondônia e ser candidato à reeleição. Já o senador Confúcio Moura (MDB) - o único do campo progressista - está com um olho no peixe e outro no gato. Caso resolva disputar a reeleição ao Senado, embaralha a disputa pelas duas cadeiras.
Postulantes
A deputada federal Silvia Cristina (PP), o deputado federal Fernando Máximo (União Brasil), a ex-deputada federal Mariana Carvalho (União Brasil) e o ex-senador Valdir Raupp (MDB), são citados como eventuais postulantes às duas vagas ao Senado. O jogo está aberto e façam suas melhores apostas.
Alvoroço
Para surpresa de todos, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ventilou nas redes sociais o nome do segundo vice-presidente estadual do PL em Rondônia, o agropecuarista Bruno Scheid (PL), para disputar uma vaga ao Senado nas eleições de 2026. Tal ventilação causou alvoroço no meio político porque Bolsonaro o colocou como seu candidato favorito.
Nomes
Em Rondônia, faltam nomes de candidatos ao Governo de Rondônia e sobram nomes de candidatos ao Senado para o pleito eleitoral de 2026. A direita e a extrema-direita contam com a maior quantidade de candidatos competitivos. Já o campo progressista deverá se unir entorno de um único candidato que seja viável para disputar o Senado.
Palanque
Quem também está com um olho no peixe e outro no gato é o deputado estadual Marcelo Cruz, que preside o PRTB em Rondônia. Ele deverá lançar candidatos a governador, senador e nominatas completas de deputado federal e estadual. Neste caso, o partido de Cruz deverá fazer palanque para Pablo Marçal ou Gustavo Lima em solo rondoniense, ambos pré-candidatos à presidência da República.
Legislativo
Ontem (18), o presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, deputado estadual Alex Redando (Republicanos), abriu o ano legislativo e destacou a importância da harmonia entre os três poderes estaduais. A solenidade contou com a presença do governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil), presidente do TJRO, desembargador Raduan Filho, e outras autoridades civis e militares.
Líder
Contudo, na mensagem do governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil), a Assembleia Legislativa de Rondônia (Ale-RO) confirmou e fez o anúncio do deputado estadual Jean de Oliveira (MDB), como líder do governo na Casa de Leis. Estranhamente, Rocha não confirmou e não anunciou o nome do deputado estadual Ribeiro do Sinpol (PRD) como vice-líder do governo na Casa de Leis.
Acredito
O governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil), na abertura do ano legislativo da Ale-RO, também não anunciou o nome do novo secretário-chefe da Casa Civil como todos esperavam e especulavam. Mas acredito que o nome de Gisele Viana, que ocupa o cargo interinamente, passe a ocupar de fato e de direito o comando da pasta.
Missão
A Gisele Viana já foi diretora-executiva da Casa Civil, bem como secretária-adjunta ao longo do governo do Coronel Marcos Rocha (União Brasil). Neste caso, ela já vinha realizando tratativas com os deputados estaduais, gestores públicos, bancada federal e cumprindo agendas oficiais representando a pasta com vários órgãos e segmentos da sociedade, portanto, ele reúne experiência e expertise para assumir a missão caso lhe seja confiada por Rocha.
Podcast
Falando em Casa Civil, o ex-secretário-chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, concedeu sua primeira entrevista após sua exoneração, ocorrida em 10 de fevereiro, no podcast Resenha Política, apresentado pelo jornalista Robson Oliveira e veiculado pelo Jornal Eletrônico Rondônia Dinâmica. Vale a pena conferir, em especial, quando ele desnuda os meandros do poder.
Tatuzão
O prefeito TikTok Léo Moraes (Podemos) aos poucos também vai ficando conhecido como prefeito tatuzão. Determinado a mitigar os impactos das chuvas e temporais que causam alagações em Porto Velho, timidamente começou a rasgar a cidade. Ontem (18), observei rasgões próximo à rodoviária.
Canteiro I
Vale lembrar que, quando cheguei a Porto Velho em dezembro de 2005, o canteiro central da Avenida Jorge Teixeira era todo aberto e não tinha alagações como hoje em dia – essa é a minha lembrança guardada na minha memória. No segundo governo do Prefeito Roberto Sobrinho (PT), o canteiro foi fechado e ajardinado, daí passou a alagar e criar transtorno para a população.
Canteiro II
Na época do ajardinamento do canteiro central da Avenida Jorge Teixeira, observei o tamanho dos tubos de concreto utilizados na obra, ou seja, bem menores do que o desejado para escoar a quantidade de águas pluviais acumuladas. Neste caso, é preciso muita coragem do prefeito Léo Moraes (Podemos) para reabrir o canteiro central da referida avenida no intuito de recuperar o fluxo normal das águas pluviais.
Lixo
A Marquise tenta ficar com o contrato bilionário da coleta de lixo, mas a Justiça de Rondônia, por decisão proferida pelo juiz Edenir Sebastião Albuquerque da Silva, negou a solicitação realizada pelos advogados do grupo da gigante do lixo para anular a decisão tomada pelo prefeito Léo Moraes (Podemos) de acatar a recomendação do TCE-RO e cancelar o contrato do lixo, que atualmente funciona de forma emergencial até a celebração de uma nova licitação.
Versão
A vereadora Ellis Regina (União Brasil) usou a Tribuna da Câmara Municipal de Porto Velho para dar sua versão sobre o boletim de ocorrência registrado por servidores da Secretaria Municipal de Assistência Social e Família – SEMASF.
Denunciou
Segundo a vereadora Ellis Regina (União Brasil), quem lhe denunciou foram cargos comissionados que se sentiram ofendidos por buscar junto à secretária resoluções sobre as denúncias de perseguições que ocorrem dentro da SEMASF contra servidores de carreira.
Sério
Falando sério, o cenário visto como mais preocupante pelo Palácio do Planalto para eleição ao Senado nas eleições de 2026 está nas regiões Norte e Centro-Oeste, que reúnem 11 estados. Os cálculos mostram que há chances de serem eleitos 22 senadores de direita ou extrema-direita, o que daria fôlego ao bolsonarismo na Câmara Alta do Congresso Nacional.
Parabéns ao jornalismo técnico e imparcial de quem escreve a Coluna Falando Sério. Tudo sem tendenciosidade em todos os campos discutidos. Parabéns.