Publicada em 11/02/2025 às 16h12
Porto Velho, RO – O senador Jaime Bagattoli (PL-RO) publicou, em suas redes sociais, um vídeo no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) menciona um homem identificado como Ezequiel, condenado pelos atos de 8 de Janeiro e, atualmente, foragido. Na legenda da publicação, o congressista defendeu a anistia aos envolvidos e destacou a situação familiar do condenado.
"Como bem lembrado pelo nosso eterno presidente @jairmessiasbolsonaro, Ezequiel é um entre tantos pais impedidos de voltar para seus filhos devido à perseguição injusta causada pelo 8 de Janeiro. Um pai impedido de rever e criar seus seis filhos, que crescem órfãos de um pai vivo. Anistia já!", escreveu Bagattoli.
No vídeo compartilhado, Bolsonaro relata a história de um homem que teria sido condenado a 14 anos de prisão por estar presente nas invasões aos prédios dos Três Poderes. Segundo o ex-presidente, o condenado seria casado com uma mulher que estava em Brasília para participar de reuniões sobre a anistia dos envolvidos.
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"Essa senhora que hoje está em Brasília, ela é casada com um caminhoneiro que tinha vindo fazer um frete em Brasília naquele domingo 8 de janeiro, e ele foi ver o que estava acontecendo lá, curioso. Chegou na hora, já tinha acabado tudo, estavam os helicópteros jogando gás. Ele entrou no prédio, ficou lá dentro, foi pego, puxou uns oito meses de cadeia, foi posto em liberdade, foi julgado e condenado agora a 14 anos de cadeia", afirmou Bolsonaro.
De acordo com o ex-presidente, não há provas de que o homem tenha participado de atos de depredação. Ele relatou ainda que, após a condenação, Ezequiel desapareceu e sua esposa passou a viver em dificuldades financeiras, cuidando sozinha dos filhos.
"A gente tem que ver essa mulher sozinha, sem recurso, vivendo de favor, cuidando dos filhos, e o que ela mais quer, o que os filhos mais querem, é que o pai volte para casa", disse Bolsonaro, acrescentando que a mulher estaria em Brasília para sensibilizar parlamentares sobre a situação.
Bolsonaro também mencionou que há uma articulação para que o tema da anistia avance na Câmara dos Deputados e no Senado. "Ele [o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira, presidente à época da fala] falou que não pode ignorar a pauta do maior partido do Brasil, que é o PL, e vai ouvir o colégio de líderes. Em havendo um clima favorável, ele bota em votação", declarou o ex-presidente.
A defesa da anistia para os condenados dos atos de 8 de Janeiro tem sido uma pauta recorrente entre aliados de Bolsonaro, que argumentam que as punições impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) são desproporcionais. Parlamentares do PL têm pressionado o Congresso para que o tema seja discutido formalmente.
Até o momento, não há informações oficiais sobre o paradeiro de Ezequiel, tampouco sobre eventuais desdobramentos jurídicos relacionados ao caso.
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