Publicada em 18/02/2025 às 16h26
Porto Velho, RO – Após a publicação de uma matéria relatando que servidores da Secretaria Municipal de Assistência Social e da Família (SEMASF) registraram boletins de ocorrência contra a vereadora Ellis Regina (União Brasil), a parlamentar utilizou a tribuna da Câmara Municipal para se defender das acusações e apresentar sua versão dos fatos.
Na reportagem publicada pelo Rondônia Dinâmica, um servidor da pasta afirmou ter sido alvo de comportamento arbitrário e perseguição por parte da vereadora durante uma reunião na sede da secretaria. Segundo o boletim de ocorrência registrado na 3ª Delegacia de Polícia Civil de Porto Velho, a reunião teria ocorrido a portas fechadas e sem agendamento prévio. Ainda conforme o relato, Ellis Regina teria pressionado o servidor a mudar sua postura profissional para se alinhar a demandas sindicais, além de acusá-lo de assédio moral sem apresentar provas.
RELEMBRE
Servidores da SEMASF registram boletins de ocorrência contra a vereadora Ellis Regina
Outros dois boletins de ocorrência foram registrados por servidoras que alegaram ter sido intimidadas pela parlamentar. Segundo os documentos, Ellis Regina teria conduzido a reunião em tom de retaliação a servidores que não seguiam suas diretrizes sindicais, chegando a pedir que alguns deixassem o local.
Diante das acusações, a vereadora Ellis Regina usou a tribuna da Câmara na sessão ordinária da última segunda-feira (17) para rebater as alegações. Segundo ela, as denúncias não partiram de servidores efetivos da SEMASF, mas sim de ocupantes de cargos comissionados que se sentiram incomodados com sua atuação parlamentar.
“Quem me denunciou não foram servidores que labutam diariamente nas unidades. Quem me denunciou foram cargos comissionados que se sentiram ofendidos por eu ter ido buscar junto com a secretária resoluções sobre as denúncias de perseguições que ocorrem dentro da secretaria”, declarou Ellis Regina.
A vereadora afirmou ainda que não foi procurada pelos veículos de imprensa que divulgaram a denúncia e que sua assessoria jurídica já analisa o caso para adoção de medidas cabíveis. Durante seu pronunciamento, Ellis Regina mencionou que duas servidoras da SEMASF, presentes na plateia da Câmara, já haviam denunciado casos de assédio moral dentro da secretaria ao Ministério Público.
Ela também contestou a versão apresentada no boletim de ocorrência, destacando que participou de uma reunião na SEMASF com a presença da secretária Lucília Muniz e do presidente da Câmara Municipal, Gedeão Negreiros. A parlamentar confirmou que houve uma discussão, mas negou qualquer tipo de desrespeito.
“Estava na secretaria defendendo os interesses dos servidores não apenas como vereadora, presidente da Comissão de Administração Pública, mas também como líder sindical que representa a categoria. Vários desses servidores preferiram deixar o Lar do Bebê e outros foram convidados a sair de lá. Não irei me calar diante dessas denúncias ou me curvar por conta disso”, disse a vereadora.
A defesa de Ellis Regina contou com o apoio de outros parlamentares, incluindo os vereadores Breno Fiscal do Povo, Dr. Devanildo Santana, Macário Barros e Gedeão Negreiros, que manifestaram solidariedade à colega.
Ao final da sessão, a Presidência da Câmara elaborou e leu uma Nota de Repúdio, enfatizando a necessidade de respeito entre os poderes e a preservação do princípio da separação dos poderes.
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