
Publicada em 22/03/2025 às 08h30
Nesta quarta-feira foi realizada na sede do Sindicato dos Professores das Faculdades Particulares (SINPRO) a quarta rodada de negociação conjunta do Sindicato das Escolas Particulares (SINTEEP) com o sindicato patronal das Faculdades e Escolas Particulares (SINEP). Os patrões continuaram com uma proposta de reajuste salarial muito abaixo da inflação medida pelo INPC que é de 4,8%; oferecem 3,5% e ainda parcelada em duas vezes, a 2% em julho e 1,5% em outubro – sendo que a proposta anterior era de 3%, também parcelado –, o que foi considerado inaceitável pelas comissões de negociação do SINPRO e do SINTEEP.
A única melhoria apresentada foi no auxílio alimentação em que apresentara uma nova proposta de reajuste 9,6%, enquanto a anterior era de 4,8%; entretanto insistiram em fracionar o benefício de acordo com a jornada de trabalha, sendo que atualmente ele é pago no mesmo valor para todos os funcionários, sendo R$ 325,00 nas faculdades e R$ 195,00 nas escolas. A representação sindical dos trabalhadores fez uma contraproposta de 8% de reajuste, a reivindicação original era de 12% e um aumento no auxilio alimentação para R$ 385,00 nas faculdades, o que representa um reajuste de 18,4% e de R$ 250,00, que foi recusada pelo segmento patronal.
Diante da continuidade do impasse, as partes concordaram em solicitar uma mediação da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o que deverá ocorrer nos próximos dias.
Os sindicatos que representam os trabalhadores das faculdades e escolas particulares SINPRO e SINTEEP pretendem nos próximos dias fazer uma ampla divulgação e debate com as categorias, denunciando a postura patronal inaceitável de propor reajuste abaixo da inflação e ainda de forma parcelada; bem como, de tentarem impor um enorme retrocesso no auxílio alimentação, que atualmente é pago de forma igual independente da jornada de trabalho e os patrões querem fracionar de forma proporcional à duração da jornada, o que foi veemente rejeitado pelos sindicatos dos trabalhadores.
Além de informar a situação às categorias o SINPRO e O SINTEEP vai mobilizar os trabalhadores para participarem de manifestações e protestos, como paralisações parciais, para denunciar também à comunidade acadêmica e à sociedade. A indignação da representação sindical é com o fato das mensalidades pagas pelos alunos terem sofrido um aumento médio de 5,75% nas faculdades e de 6,8% nas escolas particulares; portanto, é inaceitável uma proposta que quer impor um reajuste abaixo da inflação, e ainda parcelado, além de fracionar o auxílio alimentação de forma proporcional à jornada.
Para o Professor Luizmar Neves, que preside as comissões de negociação do SINPRO/SINTEEP, será fundamental não só a participação da categoria nas mobilizações organizadas pelos sindicatos, mas também demonstrar pra sociedade da legitimidade das reivindicações dos trabalhadores.
Ainda, diante do impasse, o SINEPE deixou registrado em ata que caso a oferta patronal não seja aceita pelo SINPRO/SINTEEP que a partir do dia 1° ficaria suspenso todos os direitos já conquistados, as duras penas, na atual CCT dos sindicatos laborais, representando assim o maior retrocesso dos direitos dessa categoria tão sofrida que é educação privada do nosso estado de Rondônia, ressalta o Prof Luizmar Neves, presidente.