
Publicada em 10/03/2025 às 15h41
O governo dos Estados Unidos anunciou o cancelamento de 83% dos programas da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), resultando na suspensão de aproximadamente 5.200 contratos. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (10) pelo secretário de Estado Marco Rubio, que classificou a medida como uma "reforma histórica".
De acordo com Rubio, a revisão da ajuda internacional, iniciada há seis semanas, permitirá uma economia de "dezenas de bilhões de dólares" em projetos que, segundo ele, não apresentaram resultados efetivos e, em alguns casos, até prejudicaram os interesses do país.
O governo do presidente Donald Trump decidiu manter apenas 18% dos programas da USAID, o que equivale a cerca de mil contratos. Esses projetos, segundo Rubio, serão realocados para a administração direta do Departamento de Estado, com o objetivo de aumentar a eficiência e otimizar os recursos.
Elon Musk envolvido na reestruturação
Durante o anúncio, Rubio agradeceu explicitamente ao Departamento de Eficiência Governamental, liderado pelo empresário Elon Musk, pelo trabalho na reformulação da USAID.
Musk, dono de empresas como X (antigo Twitter), Tesla e SpaceX, já havia criticado publicamente a agência, chegando a chamá-la de "organização criminosa". A influência do bilionário no governo Trump tem sido cada vez mais evidente, especialmente em iniciativas voltadas para cortes de gastos e reformulação de programas federais.
Impacto humanitário e reações
A decisão do governo norte-americano levanta preocupações entre organizações humanitárias, que alertam para o risco de cortes drásticos em programas essenciais de assistência internacional. Com o fim do financiamento dos EUA, essas entidades temem redução ou encerramento de iniciativas voltadas para saúde, segurança alimentar e desenvolvimento global.
Até o momento, a administração Trump não detalhou quais projetos serão mantidos nem como os cortes impactarão a política externa norte-americana.