
Publicada em 19/03/2025 às 11h29
Porto Velho, RO – Na tarde da última terça-feira (18), durante sessão deliberativa extraordinária presencial da Câmara dos Deputados, o deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) fez pronunciamentos sobre o cenário político nacional. Em suas falas, o parlamentar criticou duramente um levantamento técnico que indicou o número de manifestantes presentes no protesto pró-anistia, realizado no último domingo, 16, em Copacabana, Rio de Janeiro. A avaliação em questão foi produzida pela Universidade de São Paulo (USP).
Durante o pronunciamento, Chrisóstomo afirmou que o evento reuniu "com certeza, mais de meio milhão de pessoas". Em seguida, criticou a análise técnica divulgada, segundo a qual o ato teria aproximadamente 18 mil participantes. Irritado com a diferença apontada, o deputado sugeriu, enfaticamente, o fechamento da instituição universitária responsável pela estimativa:
"Gente, essa faculdade tem que fechar as portas dela! Não sabem nem contar! Nem esses universitários nem esses professores sabem contar! Fechem a porta dessa universidade! Que vergonha, rapaz! De 18 mil para mais de meio milhão de pessoas, pelo amor de Deus, hein! Vocês que são unidos a eles peçam que fechem a porta dessa universidade! É uma vergonha!", afirmou Chrisóstomo durante a sessão parlamentar.
O deputado ressaltou ainda dados divulgados pela Polícia Militar, que estimou pouco mais de 400 mil participantes, e mencionou uma contagem feita por Inteligência Artificial (IA), que teria indicado a presença de "entre meio milhão e 700 mil pessoas".
Referência ao Holocausto e solidariedade a Eduardo Bolsonaro
Em outra intervenção na mesma sessão, Coronel Chrisóstomo demonstrou solidariedade ao deputado federal Eduardo Bolsonaro, após o parlamentar anunciar seu pedido de licença para solicitar asilo político nos Estados Unidos. Ao se manifestar, Chrisóstomo utilizou o termo "Holocausto", historicamente reconhecido como o genocídio de cerca de seis milhões de judeus patrocinado pelo regime nazista durante a Segunda Guerra Mundial, liderado por Adolf Hitler.
Chrisóstomo associou o termo à sua visão sobre o atual momento político vivido no Brasil, mencionando intolerâncias políticas e perigos iminentes no país. "Como disseram lá no Senado, o Holocausto está aqui no Brasil! Isso é triste para todos nós brasileiros. Deveríamos estar vivendo um momento diferente, mas aqui há perigo, sim", afirmou o parlamentar na tribuna.
O contexto histórico do termo "Holocausto" refere-se ao extermínio sistemático de dois terços dos judeus europeus durante a Segunda Guerra Mundial, ocorrido no território dominado pelos nazistas. O genocídio resultou na morte de aproximadamente seis milhões de pessoas, entre homens, mulheres e crianças.
Encerrando sua segunda manifestação, Coronel Chrisóstomo reforçou apoio à família Bolsonaro, expressando diretamente solidariedade ao ex-presidente Jair Bolsonaro, pai de Eduardo, à mãe e aos demais familiares do parlamentar licenciado.