
Publicada em 21/03/2025 às 10h27
O governo de Israel aprovou, com unanimidade, a demissão de Ronen Bar chefe do Shin Bet, o serviço de segurança interna do país. A decisão foi divulgada na madrugada desta sexta-feira (21), pelo horário local - noite da quinta (20), no horário de Brasília. Ele deve deixar o cargo no dia 10 de abril.
No último domingo, primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, havia afirmado que afirmou iria apresentar o pedido de destituição de Bar ainda nesta semana.
"Devido à contínua falta de confiança, decidi apresentar uma proposta ao governo para encerrar o mandato do chefe do Shin Bet, Ronen Bar", anunciou Netanyahu.
Nesta sexta-feira (21), no entanto, a Suprema Corte de Israel emitiu uma liminar congelando temporariamente a demissão. O tribunal vai considerar petições apresentadas, segundo comunicado.
Além de ter "há muito tempo" perdido a confiança em Bar, o primeiro-ministro declarou, em vídeo gravado em seu escritório, que confiar no chefe do serviço de segurança interna é algo "crucial em tempos de guerra".
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Netanyahu diz que irá pedir destituição de chefe do serviço de segurança interna de Israel
A relação entre Netanyahu e Bar vinha sendo descrita pela mídia israelense como "tensa" em meio à guerra do país contra o grupo terrorista Hamas, em Gaza.
O serviço Shin Bet é responsável por monitorar grupos militantes palestinos e, recentemente, emitiu um relatório assumindo a responsabilidade por suas falhas em relação ao ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 — data em que a guerra começou.
A ofensiva daquele dia, considerada o maior fracasso de segurança israelense, resultou em 1.200 pessoas mortas, além de outras 251 sequestradas para Gaza.
Em seu relatório, no entanto, o serviço de segurança interna também criticou Netanyahu, dizendo que políticas governamentais falhas ajudaram a criar o clima que levou ao ataque.
