
Publicada em 28/03/2025 às 10h59
Israel realizou um ataque aéreo pesado a um prédio nos subúrbios ao sul de Beirute, no Líbano, nesta sexta-feira (28). É o primeiro desde que uma trégua em novembro paralisou a guerra entre o país e o Hezbollah.
O bombardeio, que ressoou pela capital libanesa e produziu uma grande coluna de fumaça preta, ocorreu após uma ordem de evacuação do bairro feita pelo Exército israelense, que deixou os moradores em pânico, correndo para escapar a pé enquanto o trânsito congestionava as ruas da área, de acordo com repórteres da agência de notícias Reuters.
Três ataques menores de drones foram feitos no prédio mais cedo, com a intenção de servir de alerta, disseram fontes de segurança à Reuters.
O Exército israelense afirma que o alvo era uma instalação de armazenamento de drones na área pertencente ao Hezbollah.
O grupo terrorista anunciou, através de seu porta-voz, que decidiu cancelar a celebração do Dia de Al-Quds que seria realizada nesta sexta "devido à agressão sionista no subúrbio sul".
O cessar-fogo já havia sido abalado na última semana, quando o governo israelense voltou a atacar o sul do país após interceptar uma tentativa de ataque do Hezbollah na fronteira.
Na rede social X, o perfil oficial da Presidência do Líbano se pronunciou sobre o ataque e pediu que a França e os EUA pressionem Israel para seguir cumprindo o acordo de trégua:
"As ameaças são uma continuação da violação de Israel ao acordo patrocinado pela França e pelos Estados Unidos da América. A comunidade internacional deve pôr fim a esses ataques e forçar Israel a cumprir o acordo, assim como o Líbano está comprometido com ele".
Ainda segundo o post, o presidente libanês, Joseph Aoun, estava em reunião com o francês Emmanuel Macron e com autoridades da Grécia e de Cyprus quando foi informado sobre o bombardeio.