Publicada em 24/03/2025 às 08h51
A maioria dos denunciados e julgados por corrupção no Mensalão e na Lava-jato teve pena abaixo de 14 anos
CARO LEITOR, a maioria dos denunciados e julgados por corrupção no Mensalão e na Lava-jato teve pena abaixo de 14 anos. Neste caso, o marqueteiro Marcos Valério foi condenado a pena de 40 anos, 4 meses e 6 dias de prisão e o pagamento de R$ 2,78 milhão em multas. No âmbito da Lava-jato, as maiores penas recaíram para os seguintes denunciados e julgados por corrupção: ex-deputado federal Eduardo Cunha (MDB-RJ) – 15 anos de prisão; ex-senador Gim Argello (PTB-DF) – 19 anos de prisão; ex-deputado Pedro Correia (PP-PE) – 20 anos de prisão; ex-deputado federal André Vargas (PT-PR) – 14 anos de prisão; ex-deputado federal José Dirceu (PT-PR) – 23 anos de prisão; presidente Lula (PT-SP) – 17 anos de prisão. Já os envolvidos no 8 de janeiro, acusados na maioria pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada, estão sendo condenados entre 14 e 17 anos de prisão. Além disso, eles terão que pagar indenização por danos morais coletivos.
Discrepância
Analisando e comparando, cheguei à conclusão de que existe uma discrepância entre as penas de prisão dos denunciados e julgados por corrupção no Mensalão e na Lava-jato em relação aos réus envolvidos no movimento do 8 de janeiro. Neste caso, ser corrupto no Brasil ainda vale a pena!
Abomino
Vale salientar que sou um árduo defensor do Estado Democrático de Direito, da democracia, da harmonia entre poderes, liberdade de opinião e de expressão, abomino atos golpistas, pedidos de intervenção militar, ditadura, fraudes eleitorais, perseguição a adversários políticos e a extremismos de esquerda e de direita.
Baton
Estou sensibilizado com a condenação da cabeleireira Débora Santos, mãe de duas crianças pequenas, presa há dois anos por ter usado um “perigoso” batom na estátua da Justiça em frente ao STF e ter escrito a expressão “Perdeu, Mané”, uma alusão a um desabafo do ministro Luís Barroso do STF.
Acusada
A cabeleireira Débora Santos, seduzida pelo bolsonarismo, participou do movimento de 8 de janeiro que vandalizou a sede dos três poderes em Brasília – DF. A pena por ter vandalizado a estátua “Justiça” é de um ano e seis meses, o tempo restante que soma quatorze anos é por aderir a propósitos criminosos direcionados a uma tentativa de ruptura institucional, que acarretaria a abolição do Estado Democrático de Direito e a deposição de um governo legitimamente eleito cuja materialização se operou no 8 de janeiro de 2023, segundo o processo.
Repensar
O que acontece na Justiça e na política faz necessário repensar as penas impostas pelo STF aos envolvidos no 8 de janeiro por não haver prerrogativa de foro, individualização da conduta, respeito ao foro natural e o tempo para audiência para custódia. É perceptível a predominância do sentimento de vingança por parte do ministro Alexandre de Moraes do STF.
Paixões
A cabeleireira Débora Santos teve mais sorte que a jornalista e poetisa Jacinta Passos. Essa última teve um destino cruel. Em 1965, ousou pichar um muro contra a Ditadura Militar, daí foi torturada com eletrochoques, internada num hospital psiquiátrico e silenciada até a morte. Paixões ideológicas devem ceder lugar ao bom senso, portanto, deve prevalecer a justiça e a honestidade intelectual quando recorremos a análises dos fatos do passado e comparamos com o presente.
Empréstimos
O anúncio de empréstimos para trabalhadores celetistas pela equipe econômica do presidente Lula (PT) representa um aumento de oferta de crédito sem controlar antes a inflação. É praxe do governo do PT endividar o povo. Lembro-me de que, no passado, abriu-se crédito aos aposentados servidores públicos, até hoje estão devendo.
Vantagem
Não existe almoço grátis. O FGTS, que é dinheiro do trabalhador, será usado para emprestar ao seu dono, ou seja, o trabalhador vai pegar o seu dinheiro e pagar juros aos bancos. Esse trabalhador, depois de um mês, vai ficar com o salário menor, poder de compra mais baixo e endividado. Qual é a vantagem de pegar seu próprio dinheiro emprestado?
Dione
O primeiro suplente de vereador de Porto Velho, Dione Berto (PL), que é empresário e agropecuarista, diante de lideranças políticas, familiares, amigos e apoiadores, lançou seu programa voltado para o agronegócio que será exibido pelo canal News Rondônia.
Conversando
No evento de Dione Berto (PL), conversei com o senador Marcos Rogério (PL), que, mais amadurecido politicamente, confessou que está conversando estrategicamente com todas as forças políticas, inclusive com os deputados federais Fernando Máximo (União Brasil), Lúcio Mosquini (MDB), Thiago Flores (Republicanos) e o ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB), no sentido de compor uma chapa majoritária.
Esbarra
O senador Marcos Rogério (PL), pré-candidato natural ao Governo de Rondônia devido ao capital político nos últimos pleitos eleitorais majoritários, esbarra nas pretensões do deputado federal Lúcio Mosquini (MDB) e do ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB). Ambos desejam ocupar a cadeira de governador no Palácio Rio Madeira.
Mariana
O Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia (TRE-RO) decidiu, por maioria, manter a condenação da ex-candidata a prefeita Mariana Carvalho e do seu vice, Pastor Valcenir, ao pagamento solidário de multa no valor de R$ 2.160.000,00 milhões, confirmando a sentença da 21ª Zona Eleitoral que considerou ambos responsáveis por veiculação de propaganda irregular com efeito outdoor e descumprimento de decisão judicial durante o segundo turno das eleições municipais de Porto Velho no ano passado. Acredito que essa condenação seja revisada na corte superior.
Lenha
Na entrevista concedida ao programa A Voz do Povo, apresentado por Arimar Souza de Sá na Rádio Caiari, o prefeito de Porto Velho, Léo Moraes (Podemos), desceu a lenha na gestão do ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB). Ele fez uma balança dos 100 dias da sua gestão e de como encontrou a prefeitura de Porto Velho.
Encontrou
O prefeito Léo Moraes (PODEMOS) disse para os ouvintes do programa A Voz do Povo que encontrou a prefeitura com um rombo de R$ 800 milhões. As emendas parlamentares eram executadas de maneira seletiva, beneficiando apenas aliados políticos. Moraes declarou ainda que 70 mil pessoas estavam sem cobertura de atendimento diário e que o Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores Municipais (IPAM) é uma “bomba-relógio”.
Interditou
A Polícia Rodoviária Federal (PRF), em nota, informou que interditou a BR. 425 devido ao alagamento causado pelo igarapé Araras nas proximidades do Km 30 da referida rodovia federal que liga os municípios de Nova Mamoré e Guajará-Mirim a BR. 364, consequentemente, a Porto Velho ou Rio Branco.
Reparar
Entretanto, não é apenas o igarapé Arara que impacta a BR. 425 com alagamento no período de rigoroso inverno amazônico, quem impacta de verdade, é o rio Madeira devido ao lago artificial da UHE Jirau. Neste caso, não é de hoje que precisa altear a BR. 425 e a referida usina reparar os danos ambinetais e sociais causados a Nova Mamoré e Guajará-Mirim com royalties e compensações socioambientais.
Lixo
Os vereadores de Porto Velho engavetaram matéria enviada há 40 dias pelo prefeito Léo Moraes (Podemos) sobre o contrato bilionário de coleta de lixo entre a Prefeitura de Porto Velho e a Marquise. Quais são os reais motivos para demorar tanto a votação da matéria em plenário? Amanhã traremos mais detalhes.
Sério
Falando sério, embora o argumento de quem pede a anistia dos envolvidos dos atos de 8 de janeiro seja o de que se trata de pessoas comuns que não cometeram crimes graves e receberam penas desproporcionais, uma boa parte dos envolvidos não aceitou a opção de aderir ao acordo de “não persecução penal”. Bastava ficar 2 anos sem redes sociais, pagar 5 mil de multa e fazer um curso sobre democracia.
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