Publicada em 13/03/2025 às 09h26
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), realizou, entre os dias 18 e 27 de fevereiro de 2025, o "Curso de operação de aeronaves remotamente pilotadas (Drone) RPA" no Campus Guajará-Mirim. A capacitação reuniu servidores do IFRO, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI), com foco na operação prática e no uso estratégico de drones para monitoramento e pesquisa.
O curso, ministrado pelo instrutor Sidnei Vobedo, abordou desde a operação básica até o uso de softwares e aplicativos para mapeamento automatizado e tratamento de imagens. Para o instrutor, ministrar o treinamento foi uma experiência incrível, principalmente por compartilhar conhecimento com profissionais que atuam no desenvolvimento de projetos educacionais, preservação ambiental e na proteção dos territórios indígenas. “Os drones são ferramentas tecnológicas que revolucionaram as atividades e o desenvolvimento de pesquisas em todas as áreas que estão inseridos. Este treinamento vai contribuir imensamente na forma como essas instituições trabalham. Além disso, essa tecnologia reduz riscos para os servidores, que muitas vezes enfrentam grandes desafios em campo. A capacitação, não apenas aprimora o trabalho dessas instituições, mas fortalece o compromisso com a inovação e a sustentabilidade. Foi um privilégio realizar esse curso com os servidores e alunos de Guajará-Mirim.”, afirmou Sidnei, destacando o engajamento dos participantes como um sinal do sucesso da iniciativa.
Roldan Jara de Alencar, Chefe da Divisão Técnica da FUNAI em Guajará-Mirim, avaliou que as atividades práticas contribuíram para uma boa experiência com o curso. “A expectativa era reciclar os conhecimentos sobre operação de drones e aprender a realizar mapeamentos automatizados e tratamento das imagens. As expectativas foram superadas com conhecimento de softwares, aplicativos de celular e parte prática. Os conhecimentos adquiridos serão essenciais nas atividades de fiscalização territorial, projetos de etnodesenvolvimento e atividades de combate à incêndios. A parte teórica foi muito bem explanada, todavia as atividades práticas são o diferencial. A experiência e expertise do instrutor passam segurança nas práticas a serem desenvolvidas.”, afirmou.
Kátia Danielle Costa Mendes, Agente Temporária Ambiental no ICMBio, também ressaltou a importância do curso. “Aprendi bastante a utilizar os recursos tecnológicos disponíveis, para que eu possa ampliar ainda mais os meus conhecimentos e me tornar uma profissional capaz de interagir com os diferentes meios tecnológicos. A didática do curso foi além do esperado, pois inicialmente acreditei que aprenderíamos somente a fazer fotos e vídeos, entretanto, aprendemos a realizar mapeamentos. O conhecimento adquirido no curso pode ser aplicado no trabalho de diversas formas: gravação de atividades realizadas para divulgação em mídias, fiscalização, regularização fundiária e monitoramento dos recursos naturais, dentre outras atividades que fazem parte da atuação do ICMBio.”, explicou.
Para ela, a simulação de situações reais durante as aulas práticas foi essencial para aumentar a confiança dos participantes. “A combinação entre ensino e realidade foi essencial para essa capacitação que além das orientações sobre o bom uso do drone, também nos conscientizou sobre os riscos e cuidados que devemos ter”, detalhou.
O professor Paulo Prates Júnior, do IFRO Campus Guajará-Mirim, enfatizou a aplicabilidade do aprendizado em projetos locais. Segundo Prates Júnior, “O IFRO, Campus Guajará-Mirim, tem a importante missão de promover a cidadania, por meio da educação. Por isso, os seus servidores precisam se empenhar em qualificações constantes. O curso oferecido pelo SENAR, ministrado pelo professor Sidnei Vobedo, terá alta aplicabilidade em diversos projetos desenvolvidos no Centro de Inovação Tecnológica (CIT), com merecido destaque para o ‘Pesca e Sustentabilidade’ e para o ‘Resíduos Sólidos: coleta seletiva e geração de renda’”.
Para ele, o aprendizado vai auxiliar na cobertura e divulgação das ações junto à comunidade externa, além de abrir portas para o mapeamento de áreas de pesquisa, como “por exemplo a escolha de pontos de amostragem de água e do pescado, bem como na escolha de pontos de coleta de lixo e para o monitoramento dos descartes irregulares em terrenos e ruas da cidade”, explicou.
O presidente do Sindicato Rural de Guajará-Mirim, Miguel Nunes Neto, lembrou da parceria entre a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), a Federação da Agricultura do Estado de Rondônia (FAPERON), o Sindicato dos Produtores Rurais de Guajará-Mirim e o SENAR. Segundo ele, essas instituições “uniram forças para impulsionar o desenvolvimento do setor rural em nossa região. Juntos, formamos um sistema robusto de aprendizagem e gestão de recursos, dedicado a aprimorar a qualificação da mão de obra rural”.
“Atualmente, oferecemos cerca de 100 cursos em todo o município, abrangendo diversas áreas e atendendo às necessidades do setor produtivo. Além da capacitação, nosso sistema disponibiliza assistência técnica especializada, com uma equipe de quase 200 profissionais altamente qualificados. Essa equipe leva suporte técnico a mais de 6 mil famílias em todo o estado de Rondônia. Nosso compromisso é fortalecer o setor produtivo, investir na qualificação da mão de obra e abrir portas para o futuro, especialmente para os jovens. Estamos à disposição para construir juntos um setor rural cada vez mais forte e próspero”, enfatizou Miguel.
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