
Publicada em 17/03/2025 às 08h50
A líder da extrema-direita na Alemanha é Lésbica, casada com uma imigrante asiática e tem dois filhos adotados
CARO LEITOR, em fevereiro deste ano, a extrema-direita, através da legenda Alternativa para Alemanha – AfD, obteve uma votação recorde de 20,8% e ficou em segundo lugar, um resultado histórico que dobrou o número de assentos no Parlamento Alemão. A líder da extrema-direita na Alemanha, Alice Weidel, é neta de um membro do partido nazista de Adolf Hitler e foi indicado juiz militar na Polônia ocupada. Weidel trabalhou na China, onde fez doutorado em economia estudando o sistema de aposentadoria do país, e fala mandarim. Já disse que é admiradora da ex-premiê britânica conservadora Margaret Thatcher. Apesar de a AfD ter uma plataforma anti-imigração e conservadora dominada por homens — que defende o conceito de família como um pai e uma mãe do gênero masculino e feminino, respectivamente — a líder do partido AfD, Alice Weidel, é lésbica e está criando dois filhos com a produtora de filmes Sarah Bossard, sua esposa nascida no Sri Lanka, mas de cidadania suíça. A ascensão de Weidel no cenário político é cercada de paradoxos e complexidades que envolvem a instrumentalização da identidade sexual na política, como se observa no conceito de “homonacionalismo” que exemplifica o “pink washing”, uma prática de encobrir políticas discriminatórias sob a bandeira dos direitos LGBT.
Liderar
A extrema-direita no Brasil e nos EUA, diferentemente da extrema-direita na Alemanha, segue uma pauta de costume que envolve o combate à homossexualidade e à união estável entre casais do mesmo sexo. O partido AfD segue na contramão, escolhendo uma lésbica para liderar a legenda que representa o ultraconservadorismo alemão.
Bandeira
O partido da extrema-direita alemão AfD, liderado por Alice Weidel, defende como bandeira a saída da Alemanha da União Europeia, a volta do marco alemão no lugar do euro como moeda nacional, o reestabelecimento de relações com a Rússia, abandonar o acordo climático de Paris, desativação de usinas eólicas e uma política de "remigração" — com deportação de cidadãos alemães baseada nas suas etnias.
TikTok
A AfD, liderada por Alice Weidel, se tornou popular entre os eleitores jovens no TikTok, principalmente o público masculino. Durante a campanha eleitoral, Weidel e a AfD ganharam um apoio estratégico: o do bilionário Elon Musk, homem mais rico do mundo e diretor do departamento de eficiência governamental do novo governo Donald Trump (Republicanos) nos EUA.
Semelhanças
Na live no X com Elon Musk que durou 74 minutos durante a campanha eleitoral, a líder da AfD, Alice Weidel, aproveitou a conversa para ressaltar semelhanças entre seu partido e o trumpismo nos EUA, bem como movimentos "conservadores", "libertários" e retratados de forma negativa como "extremistas" pela "mídia tradicional".
Excluíram
Ao longo de seus 12 anos de existência, a AfD é foco de tensões no país, tendo provocado manifestações com multidões (a favor e contra a sigla). Por ser considerada uma legenda extrema demais até mesmo por outras siglas da direita radical na Europa, a excluíram de um grupo radical pan-europeu. Em face disso, a AfD é monitorada por serviços de inteligência alemã.
Conciliar
Analistas políticos do mundo inteiro questionam como a líder da extrema-direita alemã Alice Weidel consegue conciliar posições tão antagônicas: de um lado, um casamento lésbico com uma mulher de origem asiática; do outro, a visão conservadora de famílias – pai e mãe do gênero masculino e feminino, respectivamente, e a proposta de expulsar alemães de etnias diferentes do país.
Flopou
Ontem (16), o ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em defesa da “Anistia Já pelos envolvidos no 8 de janeiro”, que esperava um milhão de pessoas, flopou na capital fluminense. Segundo a Polícia Militar do Rio de Janeiro, mais de 400 mil pessoas compareceram, porém, segundo o método "Point to Point Network (P2PNet)" da USP, registrou 18,3 mil manifestantes.
Narrativa
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante discurso, negou plano de golpe de Estado e que é uma invenção. Para ele, existe uma narrativa para condená-lo. Bolsonaro disse também que não deixará o Brasil.
Derretendo
Quando observamos as imagens das manifestações pró-anistia aos envolvidos no 8 de janeiro na praia de Copacabana e fora do Brasil, em especial, na Europa e nos EUA sob a convocação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), visivelmente, o bolsonarismo deu sinais de que está derretendo e perdendo força política.
Malafaia
O ato foi convocado e financiado também pelo pastor Silas Malafaia, que criticou o STF e o ministro Alexandre de Moraes, relator da denúncia do plano de golpe de Estado. No seu discurso, Malafaia chamou o ministro Alexandre de Moraes de criminoso.
Ausência
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), presente ao ato pró-anistia dos envolvidos no 8 de janeiro, defendeu que o projeto de anistia seja aprovado no Congresso Nacional e criticou a alta dos preços dos alimentos. Os governadores Claudio Castro (PL-RJ) e Jorginho Mello (PL-SC) marcaram presença. Foi notada a ausência dos governadores Ronaldo Caiado (UB - Goiás); Romeu Zema (Novo – Minas Gerais), Ratinho Júnior (PSD - Paraná); Eduardo Leite (PSDB – Rio Grande do Sul); Ibaneis Rocha (MDB - Distrito Federal).
Michele
A ex-primeira-dama Michele Bolsonaro (PL-DF) também não compareceu ao ato pró-anistia dos envolvidos no 8 de janeiro para defender o marido e os militantes condenados pelo STF. Michele alegou tratamento estético pré-agendado que coincidiu com a data do evento.
Chorando
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) saiu em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por uma declaração machista sobre mulheres petistas serem “feias”. O deputado Mário Frias (PL-SP), frustrado com o fiasco do ato pró-anistia dos envolvidos no 8 de janeiro, é fotografado e filmado sentado no trio, quase chorando.
Agenda
O senador Jaime Bagattoli (PL) e os deputados federais Coronel Chrisóstomo (PL) e Maurício Carvalho (União Brasil), bem como a ex-deputada federal Mariana Carvalho, estiveram presentes no ato pró-anistia dos envolvidos no 8 de janeiro. Já o deputado federal Fernando Máximo (UB) e o senador Marcos Rogério (PL) – esse último ao lado de sua nova esposa – cumpriram agenda política em Porto Velho.
Presença
Os parlamentares federais rondonienses que seguem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Silvia Cristina (PP), Cristiane Lopes (UB) e Thiago Flores (Republicanos), não marcaram presença no ato pró-anistia dos envolvidos no 8 de janeiro e nem divulgaram notas de apoio nas suas respectivas redes sociais.
Lúcio
Já o deputado Lúcio Mosquini (MDB), com agenda em Machadinho D’Oeste para entrega de títulos de regularização fundiária no final de semana, divulgou seu apoio ao ato pró-anistia dos envolvidos no 8 de janeiro nas suas respectivas redes sociais.
Perdeu
Falando em deputado federal, na última quinta-feira, o STF decidiu mudar entendimento de sobras eleitorais e o deputado federal Eurípedes Lebrão (UB) perdeu o mandato. Assume no seu lugar o ex-vereador Rafael O Fera (Podemos) de Ariquemes.
Posse
Para quem diz que o ex-vereador Rafael O Fera (Podemos) de Ariquemes não assume por não ter certidões devido à sua inelegibilidade, a Súmula-TSE nº 47, autoriza a interposição de recurso contra expedição de diploma, fundado no art. 262 do Código Eleitoral, é aquela de índole constitucional ou, se infraconstitucional, superveniente ao registro de candidatura, e que surge até a data do pleito. Em face disso, Fera toma posse, sim.
Ligado I
O prefeito Léo Moraes (Podemos), ligado no 220w, numa única semana, removeu o canteiro central que impedia o estacionamento de veículos na lateral do Porto Velho Shopping e fiscalizou de perto a limpeza do canal do Tancredo. Entregou 12 caminhões caçambas à SEMAGRIC e reinaugurou a UBS Manoel Amorin na Zona Sul.
Ligado II
Em Brasília, na semana passada, o prefeito Léo Moraes (Podemos), ligado no 220w, conseguiu no DNIT a proibição de caminhões pesados circular na Avenida Jorge Teixeira nos horários de pico, ou seja, das 06:30 às 08:30 e das 17:00 às 20:00. Um pequeno avanço enquanto a capital Porto Velho aguarda pela promessa da entrega da Expresso Porto. Além disso, deu início às tratativas para tirar o hospital municipal do campo das ideias.
Lançou
O advogado Anderson Nana lançou uma cartilha sobre direitos do consumidor de energia elétrica em Porto Velho. O material é informativo, voltado para esclarecer os direitos da população em relação ao fornecimento de energia. A cartilha já está disponível no site do referido advogado e promete ser uma ferramenta essencial para garantir que os direitos dos cidadãos sejam respeitados.
Cartilha
A iniciativa do advogado Anderson Nana com a cartilha sobre direitos do consumidor de energia elétrica em Porto Velho busca orientar os consumidores sobre cobranças indevidas, cortes irregulares, qualidade do serviço e como proceder em caso de problemas com a concessionária.
Sério
Falando sério, "Pinkwashing" é uma junção de "pink" e "whitewashing", e é usado para descrever situações em que organizações ou empresas demonstram superficialmente apoio a uma causa (como conscientização sobre o câncer de mama ou direitos LGBTQ+) enquanto simultaneamente se envolvem em práticas que contradizem esse apoio ou são prejudiciais.