
Publicada em 29/03/2025 às 10h22
A dupla sertaneja Jorge e Mateus está sendo processada por dois funcionários, uma maquiadora e um barbeiro, em uma ação indenizatória por danos morais na Justiça de São Paulo. Eles solicitam R$ 200 mil depois de serem contratados para fazer serviços de maquiagem e cabelo nos artistas, e ficarem esperando por horas, sem alimento e água.
Segundo o colunista Peterson Renato, no momento das negociações sobre os serviços, a maquiadora teria questionado a assessoria dos sertanejos se ela e o barbeiro poderiam chegar no local do trabalho por volta das 22h. Entretanto, a responsável pela equipe teria estipulado como condição que eles chegassem um tempo antes para organizar o espaço que iriam utilizar, evitando imprevistos, como trânsito. Diante disso, os profissionais de beleza chegaram às 20h02 no portão indicado, mas foram impedidos de entrar.
De acordo com o comunicado, eles só receberam autorização para entrar no local às 20h30, e o acesso ao camarim apenas às 20h35. Logo, deixaram os produtos até que um integrante da equipe da dupla teria pedido que eles saíssem do camarim e esperassem cerca de 15 minutos do lado de fora, entretanto, precisaram aguardar aproximadamente quatro horas, sem água e alimentação.
Na ação, a defesa dos profissionais afirma que eles ficaram surpresos ao ouvir o anúncio do começo do show da dupla, sendo que ninguém da equipe avisou se o serviço contratado seria realizado.
A situação teria ficado pior no momento que voltaram para o camarim para pegar os produtos. A maquiadora e o barbeiro afirmam que foram surpreendidos com seus itens revirados. A defesa ainda destacou que a maquiadora perguntou a outro integrante da equipe da dupla sobre a razão de não terem sido chamados para fazer a maquiagem dos artistas, já que estavam há horas aguardando no corredor, e ouviram que "a esposa do Jorge já tinha maquiado os dois”.
Ainda conforme o colunista, no dia 28 de janeiro, Jorge e Mateus se defenderam da ação. Eles pediram que o processo corresse em segredo judicial, com o argumento de que, a notoriedade da dupla atrai um grande interesse social nos assuntos que envolvem seus nomes, e que a divulgação do caso poderia acarretar em prejuízos perante os contratantes, parceiros comerciais, patrocinadores e seu público.
Os músicos ainda disseram que a versão apresentada pelos profissionais não corresponde com a realidade. Além disso, sustentaram que não tiveram envolvimento direto com os autores, e que mantiveram contato apenas com a equipe, afastando a responsabilidade da dupla.
“Durante todo o tempo que aguardaram no local do evento, os autores permaneceram na área destinada à equipe da dupla [Jorge e Mateus], que conta com diversos e qualificados suprimentos (alimentação e bebidas), banheiro, cadeiras, sofás e tudo o que necessário para que os autores se sentissem confortáveis e aguardassem dignamente até que fossem convidados a executar seus serviços, o que infelizmente não ocorreu”, disse a defesa dos sertanejos à Justiça.
O pedido da dupla para que corresse em segredo de Justiça foi indeferido em 30 de janeiro, pela juíza Fabiana Calil Canfour de Almeida. A magistrada considerou que a situação não era enquadrada nos casos previstos no Código de Processo Civil. O processo ainda não foi julgado.
