
Publicada em 14/03/2025 às 10h45
O presidente russo, Vladimir Putin, admitiu, esta quinta-feira (13), aceitar a proposta de cessar-fogo com a Ucrânia, mas exige primeiro acertar alguns "detalhes" com os Estados Unidos.
"Concordamos com as propostas de cessar-fogo, mas a nossa posição baseia-se no pressuposto de que o cessar-fogo conduziria a uma paz a longo prazo, algo que eliminaria as razões iniciais da crise", explicou Putin em uma coletiva de imprensa em Moscou ao lado do presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.
Depois de ter visitado a região de Kursk na quarta-feira, Putin garantiu que a situação está "completamente sob controle" da Rússia e, nestas circunstâncias, um cessar-fogo de 30 dias seria "bom para a Ucrânia" e já não tão vantajoso para os russos.
O chefe de Estado da Rússia agradeceu também ao homólogo norte-americano, Donald Trump, por "prestar tanta atenção à regulação do conflito na Ucrânia".
Entre esta quinta e sexta-feira, Putin deve se reunir com o enviado especial dos Estados Unidos Steve Witkoff, que já teria pousado na capital russa.
A notícia de que Witkoff já está na Rússia foi divulgada pelo jornal Kommersant, que adianta também que o enviado se vai reunir diretamente com o presidente russo.
Ainda na manhã desta quinta-feira, Yuri Ushakov, conselheiro de Vladimir Putin, disse que a posição da Rússia já foi transmitida à Casa Branca e que Moscou não iria aceitar a proposta de cessar-fogo: "Não é mais do que uma pausa temporária para os militares ucranianos", defendeu.
