
Publicada em 26/03/2025 às 16h56
Porto Velho, RO – O Secretário de Estado da Justiça (Sejus), Marcus Castelo Branco Alves Semeraro Rito, comentou, durante gravação do podcast Resenha Política, episódios recentes de tensão com o deputado estadual Edevaldo Neves (PRD), além de esclarecer o caso do apenado que fugiu de uma unidade prisional e foi rotulado como “serial killer” por veículos de comunicação locais. O conteúdo completo da entrevista será veiculado nesta quinta-feira, 27, pela manhã.
A primeira parte da conversa girou em torno da convocação feita por Edevaldo Neves, que é policial penal e tem mandato na Assembleia Legislativa. O parlamentar teria sido “muito ríspido” durante audiência pública, ocasião em que o secretário foi chamado de “incompetente”. O deputado teria dito ainda que deixaria a base do governo caso a exoneração do titular da Sejus não fosse efetivada.
O secretário frisou que, até o momento, não há qualquer indicação de que o governador Marcos Rocha pretenda tirá-lo do cargo. “O governador, acredito, não vê motivo para minha demissão, até porque tudo tem sido entregue nos últimos anos para o sistema prisional com o aval dele”, afirmou.
Rito também comentou a postura do chefe do Executivo estadual diante da cobrança pública do deputado. “O governador do Estado não cede a chantagem. O governador Marcos Rocha não cede a chantagem. É uma pessoa correta”, declarou. Questionado se via a fala de Edevaldo como tentativa de pressionar politicamente ou apenas uma atuação para as redes sociais, o secretário respondeu: “Se ele exerce isso ou você tá falando apenas da tribuna para lacrar ou fazer corte para o Instagram, eu já não sei.”
Na segunda parte da entrevista, o secretário abordou a fuga recente de um apenado que foi rotulado pela imprensa como “serial killer”. Quem fez o contraponto foi o apresentador Robson Oliveira, que afirmou: “Por que saiu em toda a mídia aqui em Rondônia que fugiu um serial killer? Eu fui checar. Ele não é.”
Rito evitou se posicionar sobre a classificação, mas justificou tecnicamente a situação. Ele explicou que o detento, condenado por homicídio com sentença transitada em julgado, havia cumprido parte da pena e preenchido os critérios legais para realizar trabalho interno, mesmo antes de atingir a progressão.
“Depois que a pessoa tá presa e cumpre um determinado quantitativo, aí faz a progressão. E mesmo antes de progredir, existem critérios para que a pessoa possa estar apta ou disponível para trabalhar”, disse. O secretário também ressaltou que os procedimentos não são definidos individualmente por ele. “Quem constrói o formulário é a Sejus com o Ministério Público, com o Judiciário, pode ser com a Defensoria, com o Conselho Penitenciário. É um comitê institucional que monta esse formulário.”
Segundo ele, para entrar na unidade prisional onde o detento estava, o interno já havia passado por esse processo, e ainda havia uma comissão interna de classificação que determina quem pode trabalhar. “Se for eu secretário, ou você como secretário, ou qualquer pessoa como secretário, vai aplicar os requisitos. Não é o secretário que escolhe os requisitos”, destacou. Ainda de acordo com Rito, foi instaurado um procedimento interno para apurar as circunstâncias da fuga: “Se abriu um processamento interno para investigar como é que um cara sai lá de dentro de uma penitenciária de segurança máxima.”
A entrevista completa com o Secretário Marcus Rito será exibida nesta quinta-feira, 27, pela manhã, no canal oficial do Resenha Política, apresentado por Robson Oliveira. O programa também será transmitido, simultaneamente, pelo jornal eletrônico Rondônia Dinâmica, com exclusividade.
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