
Publicada em 21/03/2025 às 09h18
O tempo de espera dos usuários nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) depende do quadro de saúde apresentado pelo paciente. Esse sistema, chamado de Classificação de Risco, é regulamentado pela Portaria 2.048 do Ministério da Saúde, e organiza o atendimento conforme a gravidade dos sintomas apresentados.
Para explicar melhor o sistema e evitar longos tempos de espera, a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) orienta a população sobre quais casos devem ser encaminhados às UPAs e quando buscar atendimento nas unidades básicas de saúde.
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
É o processo de triagem no Sistema Único de Saúde (SUS) que avalia a condição de cada paciente antes de encaminhá-lo ao atendimento adequado. O procedimento garante prioridade aos usuários que necessitam de atendimento emergencial, utilizando as cores para identificar o nível de risco do paciente.
Vermelho = emergência. Situações gravíssimas com risco de morte. Atendidos imediatamente.
Laranja = muito urgente. Caso grave e risco significativo de evoluir para morte. Atendimento Urgente.
Amarelo = urgente. Caso de gravidade moderada, necessidade de atendimento médico, sem risco imediato.
Verde = pouco urgente. Caso para atendimento preferencial nas unidades básicas de saúde.
Azul = não urgente. Caso para atendimento preferencial nas unidades básicas de saúde.
ATENDIMENTO NAS UPAS
Segundo a Semusa, a prioridade nas Unidades de Pronto Atendimento são os casos classificados como vermelho, laranja e amarelo, que representam riscos de agravo ou morte, como vítimas de acidentes, problemas cardíacos, traumas e outras gravidades.
Casos pouco urgentes e não urgentes, como os verdes e azuis, que procuram as UPAS, geralmente enfrentam maior tempo de espera, e por isso, a orientação da Semusa é que esses pacientes devem procurar a unidade básica de saúde mais próxima de suas residências.
No período noturno, pacientes de baixa urgência devem procurar uma das duas unidades sentinelas que atuam no formato corujão, das 18h à meia-noite. Na zona Leste, a unidade é Hamilton Gondim e na zona Sul/Centro, a unidade é Osvaldo Piana.
IMPACTO EM NÚMEROS
Embora sejam unidades para atendimentos de urgência e emergência, dados da Semusa apontam que os atendimentos pouco urgentes e não urgentes (verdes e azuis) representam a maior demanda nas UPAS.
Em 2024, por exemplo, as unidades Ana Adelaide, José Adelino, UPA Sul e UPA Leste atenderam juntas 337.033 mil pacientes, sendo 221.831 mil classificados como verde e azul, ou seja, 65,81% dos atendimentos foram direcionados a casos sem gravidade.
Os sistemas de cadastramento de pacientes utilizados nas UPAs também apontam o tempo médio de espera dos pacientes, de acordo com a classificação de risco. No geral, as pessoas classificadas com a cor laranja aguardam 13 minutos para serem atendidos por um médico, enquanto as classificadas como verde e azul esperam por volta de 74 minutos para chegar ao mesmo profissional.
REDE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Para casos classificados como verde e azul, a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) recomenda que a população procure atendimento nas unidades básicas de saúde. São 19 na zona urbana e mais 19 na área rural.
Confira aqui a localização de todas as unidades.
As unidades básicas compõem a Atenção Primária à Saúde, principal porta de entrada do SUS, e deve ser o ponto de referência para o usuário buscar atendimento de pouca gravidade. Estão preparadas e equipadas para atender a população em geral, incluindo prevenção, diagnóstico e tratamento como consultas médicas e odontológicas, exames laboratoriais, acompanhamento de doenças crônicas, vacinação e vários outros serviços.
