
Publicada em 25/03/2025 às 16h13
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou que o bate-papo no qual um jornalista foi incluído por engano sobre um ataque aos Houthis continha informações sigilosas. Nesta terça-feira (25), ele defendeu o conselheiro de Segurança Nacional, Michael Waltz.
O jornalista em questão é Jeffrey Goldberg, editor-chefe da revista "The Atlantic". Ele revelou que foi adicionado a um grupo do Signal que incluía várias autoridades americanas, entre elas o vice-presidente, J.D. Vance, o secretário de Defesa, Pete Hegseth, e Waltz.
Em artigo publicado na segunda-feira (24), Goldman afirmou que não reproduziu várias mensagens do grupo porque "as informações contidas neles, se tivessem sido lidas por um adversário dos Estados Unidos, poderiam ter colocado em risco militares e pessoal de inteligência americanos, particularmente no Oriente Médio".
Durante uma coletiva de imprensa, Trump afirmou que "nada aconteceu" após a divulgação do conteúdo do grupo e elogiou as autoridades que estavam na conversa, dizendo que são "pessoas muito boas". Ele também criticou Goldberg.
O presidente disse que está analisando o uso do Signal por autoridades da Casa Branca e pediu à equipe de Segurança Nacional que verifique o nível de segurança do aplicativo. Ainda assim, para Trump, a plataforma usada "era a melhor tecnologia para o momento".
Em determinado momento da entrevista, Trump foi questionado por uma jornalista sobre quem teria dito a ele que as informações do grupo não eram sigilosas. O presidente ignorou a pergunta.
Na mesma coletiva, Waltz afirmou que há uma investigação em andamento para apurar como o jornalista foi incluído no grupo interno com autoridades da Casa Branca.
Goldberg afirmou que recebeu um convite para entrar no grupo do Signal de um usuário identificado como "Michael Waltz", mesmo nome do conselheiro de Segurança Nacional. O convite foi enviado em 11 de março.
Waltz tem sido pressionado, especialmente por congressistas do Partido Democrata, a deixar o cargo. Por outro lado, Trump tem minimizado o caso e afirmou que o conselheiro não precisa se desculpar, já que tem feito um bom trabalho.