
Publicada em 09/04/2025 às 14h00
Parceria – Muito se tem comentado nos bastidores da política, que o ex-governador Ivo Cassol, caso não consiga a elegibilidade para concorrer as eleições gerais de outubro do próximo ano, na disputa pela sucessão estadual, irá apoiar o ex-prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB), que formata uma candidatura a governador. Se Cassol estiver elegível em 2026 o seu projeto é disputar o cargo de governador do Estado, que ele ocupou em dois mandatos seguidos. Por que Cassol e Hildon estariam viabilizando uma maneira de caminharem juntos nas eleições do próximo ano? Provavelmente Cassol já trabalha com a possibilidade de estar livre para concorrer a cargos eletivos, situação que está sendo analisada pelo Congresso Nacional, que poderá liberar ele e outros políticos, caso a Lei da Ficha Limpa seja revista. E a tendência é que sim. Se Cassol estiver elegível, disputará o Governo do Estado, e Hildon, uma das duas vagas ao Senado. Se Cassol não puder concorrer, apoiaria Chaves ao governo. Cassol já provou, que é bom de voto, mas que não consegue transferir, conforme se constatou em eleições anteriores. Quem viver verá...
Coletivo – Há certas situações, na política, que intrigam. Uma delas a recente decisão do prefeito de Porto Velho, Leo Moraes (Podemos), em reduzir o custo da tarifa do transporte coletivo urbano para R$ 3, ou seja, 50% menos. Lógico que os usuários irão economizar, mas eles e também os demais moradores da Capital, que pagam impostos, tributos, taxas quem irão pagar a conta. É uma medida popularesca? É, mas quem depende do transporte coletivo é geralmente o trabalhador de menor poder aquisitivo. E o povo está aproveitando bem a iniciativa do prefeito, pois os coletivos estão circulando, quase sempre, lotados, mesmo não sendo em horários de pico. Os ônibus também são novos, modernos, com ares-condicionados, internet, etc.
Audiências – Apesar de o preço da tarifa urbana ser reduzida em 50%, há vereadores reclamando que o prefeito deveria ter convocado audiências públicas para consultar o povo e discutir com os políticos a viabilidade da redução do preço da passagem. Audiências são necessárias sim, em casos extremos, quando os políticos, que foram eleitos para legislar não conseguem “mostrar serviço”. Se em todas as ações dos prefeitos, dos governadores, presidente da República, forem convocar audiências públicas, para que servem os legisladores (vereadores, deputados estaduais e federais?) Eles foram eleitos pelo povo, através de voto direto e livre. Não há como promover constantes audiências públicas, que devem ocorrer, sim, mas somente em uma situação extrema, caso contrário, não seriam necessários legisladores.
Combustível – No mínimo risível a participação do vereador de Porto Velho, Adalto (Donato de Oliveira) de Bandeirantes (Republicanos) na audiência pública convocada pelo deputado Alan Queiroz (Podemos), na manhã de segunda-feira (8), na Assembleia Legislativa (Ale), para debater a alta de combustíveis no Estado. Segundo o vereador, não há preços idênticos em relação ao combustível. Já o vereador Breno Mendes (Avante) disse que foram feitas pesquisas desde o mês de janeiro em 85 postos de combustíveis da Capital, e o estranho, é que todos apresentavam praticamente o mesmo preço, com diferenças de centavos. Admitiu, que é possível que exista sim um cartel de combustível em Rondônia. Também citou, que o combustível é mais barato em Ariquemes, que fica a cerca de 200km de Porto Velho. A gasolina e o diesel chegam da destilaria de Manaus, pelo Rio Madeira e transportados para o interior do Estado via rodoviária. Como é possível ter preços inferiores em cidades interioranas?
Combustíveis II – Triste é saber que o Ministério Público (MP), pouco ou quase nada pode fazer. Segundo a promotora de Justiça, Daniela Nicolai, “corriqueiramente os consumidores reclamam do preço do combustível, e é importante mencionar, que não existe tabelamento de preços, que são livres. Para se identificar uma prática de cartel, é necessário realizar uma investigação, e infelizmente não temos ‘perna’ para isso, sendo difícil comprovar a cartelização do mercado de postos de combustíveis”. Também argumentou, que “já tivemos situações em que recebemos a denúncia de que um proprietário de posto de combustível reduziu o preço em um real, e foi perseguido por donos de outros postos, o que caracteriza um possível cartel”. Se o real “fiscal do povo”, o MP, pouco ou quase nada pode fazer sobre as denúncias de cartelização do combustível no Estado, fica mais uma vez a prova, que audiências públicas servem mais para discursos eloquentes, de pseudas lideranças e denúncias, sobre denúncias, porém nada é resolvido...
Respigo
É possível notar nos bastidores da política rondoniense, que o deputado federal Fernando Máximo (União), o mais bem votado nas eleições de 2022 (85.526 votos), não será candidato à reeleição. Ele trabalha uma candidatura ao Governo do Estado e, numa segunda hipótese, a uma das duas vagas ao Senado +++ Máximo dificilmente permanecerá no União Brasil. O partido, inclusive, não lançou seu nome como candidato a prefeito de Porto Velho em 2024, o que teria aborrecido o parlamentar federal +++ Quem também está com a mesma dúvida é o senador e presidente do PL em Rondônia, Marcos Rogério. A princípio é nome para disputar a sucessão estadual, mas em uma segunda hipótese concorrerá à reeleição +++ Dois jogos de hoje (9) se destacam para os brasileiros pela Taça Conmebol Libertadores. O Bahia joga, às 18h, contra o Nacional, no Uruguai, e o Flamengo enfrenta o Central Córdoba, às 20h30 no Maracanã.
