
Publicada em 01/04/2025 às 11h07
Os exercícios militares em larga escala que a China está fazendo nas águas e no espaço aéreo ao redor de Taiwan nesta terça-feira (1º) são um "alerta severo contra a independência de Taiwan".
A declaração foi dada pelo porta-voz do comando do Exército chinês, Shi Yi, que confirmou que a operação conjunta envolve forças navais, aéreas, terrestres e de foguetes. O objetivo seria simular um bloqueio da ilha, que Pequim considera parte de seu território.
Shi Yi afirmou que as manobras se concentram em "patrulhas de preparação para combate marítimo e aéreo, e no bloqueio de áreas-chave e rotas marítimas" e que as Forças Armadas chinesas "se aproximam da ilha de Taiwan a partir de múltiplas direções".
Porta-aviões da China nas águas de Taiwan — Foto: Taiwan Ministry of National Defense via AP
Segundo o Ministério da Defesa, as forças taiwanesas detectaram 21 navios de guerra ao redor da ilha, incluindo um porta-aviões, além de 71 aviões e quatro navios da Guarda Costeira, nas últimas 24 horas.
Em resposta, o governo de Taiwan mobilizou seus aviões e navios de guerra e ativou o sistema terrestre de mísseis de defesa.
O Gabinete Presidencial do país postou no X que “as flagrantes provocações militares da China não apenas ameaçam a paz, mas também minam a segurança em toda a região". O Ministério das Relações Exteriores escreveu:
"Condenamos veementemente os exercícios militares conjuntos da China perto de Taiwan. As provocações ameaçam a paz regional. Instamos Pequim a parar de desestabilizar o status quo e a paz e estabilidade do Indo-Pacífico por meio de comportamento imprudente".