Publicada em 14/04/2025 às 11h28
Porto Velho, RO – O senador Confúcio Moura (MDB-RO) publicou no último sábado (13) um texto de caráter pessoal em que analisa sua trajetória política e os desafios vivenciados ao longo de dez campanhas eleitorais. Intitulado "O vício da política", o artigo foi divulgado por meio de seu blog oficial e reúne reflexões sobre motivações, limitações e o percurso incerto de quem escolhe permanecer na vida pública.
Ao abordar sua experiência, Confúcio revelou que a política, para ele, tornou-se uma espécie de compulsão. “Nessa brincadeira, a política se tornou um vício tenaz. Nem posso afirmar que ela seja viciante, mas, aceitando ou não, já disputei dez eleições”, escreveu.
No texto, o parlamentar não afirma categoricamente se o envolvimento com a política valeu a pena. “Se você me perguntar se tudo isso valeu a pena, minha resposta será evasiva: ‘não sei’. Só sei que há uma força estranha que me empurra para dentro dela”, declarou.
Confúcio também refletiu sobre as possibilidades de saída da vida pública, elencando três caminhos: “Só existem três maneiras de sair da política: pela morte, pela derrota ou pelas próprias pernas — saindo pela porta da frente”.
Para o senador, os desdobramentos da política não seguem lógica previsível, tampouco planos firmes. “Na realidade, tudo é guiado por acontecimentos ao acaso. Você segue por um caminho inesperado, vai sendo levado pelo vento das circunstâncias e, quando percebe, já está no meio”, afirmou.
Ele ainda descreveu o ambiente das campanhas como um processo intenso, em que o político “se joga nas ruas, vociferando suas verdades, intenções e propostas”, acreditando na força dessas ideias. “Com esforço extraordinário, pode até convencer, ou não.”
Ao fim da publicação, Confúcio diz não guardar frustrações com sua atuação no Legislativo. “Tenho muita gratidão ao povo rondoniense. Como disse: nada é matemático ou exato na política”, pontuou, comparando a carreira a uma tentativa constante de “subir num pau de sebo — muitas subidas, muitas descidas”.
O texto não indica se o senador pretende disputar novas eleições, mas sinaliza que, mesmo após sucessivas campanhas, a saída da política ainda não está decidida.
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