
Publicada em 02/04/2025 às 15h35
A apresentadora Ana Hickmann teve seu salário na Record penhorado por determinação da Justiça, após o Banco Original abrir um processo alegando uma dívida de aproximadamente R$ 956 mil. O valor seria referente a um empréstimo contratado em setembro de 2023 com prazo de pagamento em 48 parcelas. De acordo com o banco, o pagamento das parcelas foi interrompido logo nos primeiros meses.
A informação foi divulgada pelo jornalista Rogério Gentile, do UOL. Segundo ele, a juíza Juliana Koga Guimarães determinou o bloqueio de parte dos vencimentos da apresentadora. A emissora já teria repassado, via depósito judicial, valores de R$ 329,5 mil e R$ 250 mil, que iriam originalmente para uma empresa ligada à artista.
Em nota ao portal Terra, a assessoria de Ana Hickmann afirmou que o processo está em curso e sendo contestado. A defesa sustenta que o contrato bancário contém irregularidades, como uma suposta assinatura eletrônica fraudada. “Foi determinada a realização de uma perícia sobre as assinaturas eletrônicas presentes no contrato do Banco Original”, informou a equipe jurídica da apresentadora.
Segundo os advogados, há dois pontos principais em disputa: a data da assinatura digital, posterior à emissão do contrato, e a ausência de validação pelo padrão do ICP Brasil, que regula certificados digitais. Ana ainda afirmou que não reconhece a assinatura eletrônica atribuída a ela e que, na época, seu ex-marido Alexandre Correa era responsável pelas finanças pessoais e da empresa familiar.
O caso levanta suspeitas de fraude, reforçadas por um boletim de ocorrência registrado por Ana em dezembro de 2023, no qual ela relatou ter sido vítima de violência doméstica e declarou que Alexandre teria contraído dívidas em seu nome sem sua autorização. Segundo a defesa, já existem laudos confirmando falsificações em ao menos 11 documentos assinados em nome da apresentadora.
Por sua vez, o Banco Original afirma que a contratação do empréstimo foi feita pelo aplicativo oficial, com senha e autenticação via token, além da abertura de conta com selfie e documentos pessoais da própria Ana Hickmann. A instituição sustenta que ela tinha "total consciência" da operação.
O caso agora depende de perícia judicial para verificar a autenticidade da assinatura eletrônica. Alexandre Correa nega as acusações.