Publicada em 07/04/2025 às 09h33
O governo russo declarou nesta segunda-feira (7) que a Rússia estava pronta para fazer tudo o que pudesse para resolver as tensões entre os Estados Unidos e o Irã, em torno do programa nuclear de Teerã, já que Washington exige que o país do Oriente Médio chegue a uma resolução ou seja bombardeado.
Moscou se ofereceu repetidamente para mediar entre os dois lados após os avisos de ação militar contra o Irã pelo presidente dos EUA, Donald Trump, terem abalado os nervos na região.
“Estamos em constantes consultas com nossos parceiros iranianos, inclusive sobre o tópico do acordo nuclear”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, aos repórteres.
“Este processo continuará, inclusive no futuro próximo. E, claro, a Rússia está pronta para fazer todos os esforços possíveis para contribuir para a resolução deste problema por meios políticos e diplomáticos.”
Durante seu primeiro mandato, Trump retirou os EUA de um acordo de 2015 entre o Irã e as potências mundiais que impôs limites rígidos às atividades nucleares disputadas de Teerã em troca de alívio de sanções.
O Irã diz que precisa de energia nuclear para fins pacíficos e nega que esteja buscando adquirir armas nucleares.
Teerã rejeitou as exigências do presidente americano por negociações diretas, com uma autoridade iraniana sênior emitindo um aviso no fim de semana aos vizinhos que hospedam bases de Washington de que eles poderiam estar na linha de fogo.
O vice-ministro das Relações Exteriores russo Sergei Ryabkov disse na semana passada que os comentários de Trump sobre bombardear o Irã serviram somente para “complicar a situação” e alertou que os ataques poderiam ser “catastróficos” para a região mais ampla.
A Rússia tem se abstido, em grande parte, de críticas duras a Trump.
O presidente Vladimir Putin agiu rapidamente desde que Trump assumiu o cargo para reparar as relações com os Estados Unidos em uma reaproximação vista com preocupação pela Ucrânia e seus aliados europeus.
Moscou também aprofundou os laços com Teerã desde o início do conflito em larga escala na Ucrânia, com os dois assinando um tratado de parceria estratégica em janeiro.
imprimir
