Publicada em 11/04/2025 às 09h32
Glauber Braga: culpado ou inocente?
CARO LEITOR, o jornalista que diz não ter ideologia não me convence, todo profissional da imprensa possui sim sua ideologia e suas paixões ideológicas, além de acreditar em alguma utopia. Um ou outro consegue seguir o caminho da imparcialidade. Contudo, existem jornais eletrônicos que assumem seu viés ideológico nos editoriais, artigos e matérias. Em face disso, jornalistas e jornais eletrônicos dão versões diferentes do parecer favorável do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados à cassação do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) - parlamentar combativo na Câmara dos Deputados, que denunciou o orçamento secreto e o esquema das emendas parlamentares via pix. Em seguida, entrou em greve de fome e no dia de ontem (10), recebeu manifestações de apoio de parlamentares da esquerda e dos movimentos sociais no Congresso Nacional. Por sua vez, o caso requer uma análise fria dos cronogramas Zos fatos. Depois se perguntar, Glauber Braga: culpado ou inocente?
Acusação
O processo de cassação do deputado Glauber Braga (PSOL) se deve a uma acusação de ter agredido e expulsado da Câmara dos Deputados um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), Gabriel Costenaro, que teria ofendido a sua honra e a da mãe do deputado, recém falecida. A acusação contra o deputado é de quebra de decoro por conta desse episódio, e a denúncia foi apresentada pelo Partido Novo.
Promessa
No primeiro momento, o principal argumento da cassação do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) é fruto de uma armação e vingança do deputado federal Arthur Lira (PP-AL). Braga acusa Lira de comandar a trama para cassar o seu mandato como promessa de vingança, porque quando ele presidiu a Câmara, foi duramente criticado pelo psolista.
Punido
Para parlamentares da esquerda e extrema-esquerda, também argumenta-se que o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) não está sendo punido pelo episódio do confronto físico nas dependências da Câmara dos Deputados com o jovem militante do Movimento Brasil Livre (MBL), mais por vingança do deputado Arthur Lira (PP-AL) e dos membros do Conselho de Ética dominado por bolsonaristas da extrema-direita.
Falta
Assistindo a alguns vídeos do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), em especial, como se dirige na época ao presidente da Mesa da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), na grande maioria, falta por parte de Braga, urbanidade, rigor e respeito ao colega parlamentar como previsto no Regimento Interno da Casa de Leis.
Acordo
Nos cálculos dos deputados federais da direita e da extrema-direita, a tendência no plenário, hoje, seria pela perda do mandato do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ). Já o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffman (PT), defendem um acordo para salvar o mandato de Braga.
Boulos
Falando em Guilherme Boulos (PSOL), no seu discurso no Conselho de Ética, ele fez as seguintes perguntas: “qual o critério para a Câmara dos Deputados manter Carla Zambelli deputada depois do STF condená-la criminalmente? Por que Gilvan da Federal (PL-SE), que se diz patriota e cristão, continua deputado depois de dizer que queria que o presidente Lula (PT) morresse, inclusive fazendo chacota com o câncer que o presidente teve?”
Salvo-conduto
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) também perguntou por que a Câmara dos Deputados não responsabiliza o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), que matou uma pessoa e deixou outra paraplégica dirigindo bêbado, inclusive é reincidente em acidente de trânsito. Boulos também disse que o histórico dos integrantes do MBL não merece um salvo-conduto por parte da Câmara dos Deputados.
MBL
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) citou implicitamente o ex-deputado estadual Arthur do Val (UB-SP), do Movimento Brasil Livre (MBL), conhecido como Mamãe Falei, por ter sido cassado por suas falas sexistas e misóginas sobre ucranianas e refugiadas. Outra fala implícita foi em relação ao ex-vereador Gabriel Monteiro (PL-RJ) do Rio de Janeiro e do MBL, também cassado por quebra de decoro parlamentar sobre a acusação de crime de pedofilia.
Manga
Ontem (10), o prefeito TikTok Rodrigo Manga (Republicanos-SP) de Sorocaba foi alvo de operação da Polícia Federal - batizada de “Copia e Cola” - que investiga desvios de verbas da Saúde no município. Ele negou irregularidades e acusou sofrer perseguição do governo do PT. A investigação começou em 2022, ou seja, quando Jair Bolsonaro (PL) era presidente da República, portanto, não é perseguição do governo do PT.
Convite
A deputada federal e pré-candidata ao Senado, Silvia Cristina (PP), enviou convite à coluna alusivo à comemoração do 2º aniversário do Hospital de Reabilitação em Porto Velho, o Dream da Amazônia. O evento acontece hoje (11) às 15h no Anexo do Hospital do Amor e servirá para inaugurar a oficina de próteses e órteses.
Resultado
O Hospital de Reabilitação em Porto Velho, com sua primeira oficina de próteses e órteses, é resultado de uma parceria do mandato da deputada federal Silvia Cristina (PP) com a Fundação Pio XII. O investimento foi na ordem de R$ 40 milhões das emendas parlamentares da referida parlamentar para obra e custeio dos serviços, no sentido de atender pessoas com deficiência em Rondônia.
Vaga
Falando em Silvia Cristina (PP), a deputada federal está numa situação confortável em relação à disputa por uma das vagas ao Senado Federal. Caso vingue a federação partidária entre o PP e União Brasil, Silvia mantém sua vaga garantida para disputar o Senado, por ser duas vagas ao Senado nas eleições de 2026, uma das vagas é indicada pelo PP.
Confirmou
Depois do duro golpe que o ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB) sofreu por parte de alguns prefeitos no âmbito da AROM. Resolveu colocar o pezinho na estrada e, durante entrevista na Rádio 93 FM, em Rolim de Moura, confirmou sua pré-candidatura ao Governo de Rondônia nas eleições de 2026.
Cassol I
Em áudio divulgado no Instagram, o ex-governador e ex-senador Ivo Cassol (PP) revelou que conversou com o ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB) num jantar na casa do seu filho Júnior Cassol, que houve um diálogo cordial e não significa aliança política porque aguarda a votação do projeto de inelegibilidade que tramita no Senado Federal.
Cassol II
No áudio, o ex-governador e ex-senador Ivo Cassol (PP), impedido pela justiça de disputar cargos eletivos por conta da Lei da Ficha Limpa, disse que tem sido procurado por diversas lideranças políticas que desejam disputar eleições majoritárias em 2026 por reconhecer o seu peso político e o que ainda representa no jogo do poder. Cassol ainda disse que eleições se definem na última hora, nas convenções e nas atas das convenções, ou seja, formação do grupo político.
Cem
O prefeito Léo Moraes (Podemos) desde ontem (10) ocupa os espaços na imprensa para fazer um balanço dos cem dias à frente da Prefeitura de Porto Velho. Léo destacou as ações de combate às alagações, a limpeza da cidade, o piso nacional dos professores, o aumento de salário dos servidores municipais, a redução da tarifa das passagens do coletivo urbano, dos contratos da coleta de lixo e da limpeza pública e o socorro aos ribeirinhos impactados pela cheia do rio Madeira, além da compra do hospital municipal em parceria com a Unir.
Tróia
Falando em Hospital Municipal, a Prefeitura de Porto Velho será uma espécie de Cavalo de Tróia para receber a emenda do senador Confúcio Moura e recursos do Ministério da Educação, para efetivar a compra de um hospital particular na capital avaliado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), depois ser doado à Universidade Federal de Rondônia – UNIR, para ser transformado em Hospital Universitário.
Avaliou
A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) avaliou a estrutura física e mobiliária do Hospital Central, 9 de Julho e das Clínicas. Vale destacar que o Hospital das Clínicas não possui UTI, mas existe a possibilidade de expansão, ou seja, verticalização. Contudo, a bola da vez é o Hospital Central, mediante a estrutura completa que oferece. Agora é esperar os resultados na negociação.
Destaque
Os vereadores da capital, de forma inédita, apresentaram um balanço dos 100 dias de mandato parlamentar nas suas respectivas redes sociais. Contudo, na nossa avaliação, o destaque da atuação parlamentar vai para o vereador Dr. Júnior Queiroz (Republicanos), Márcio Pacele (Republicanos), Dr. Breno Mendes (Avante), Zé Paroca (Avante), Sofia Andrade (PL), Dr. Gilber (PL), Pastor Evanildo (PRTB), Marcos Combate (Agir), Gedeão Negreiros (PSDB), Nilton Souza (PSDB), Thiago Tezzari (PSDB), Elis Regina (União Brasil), Everaldo Fogaça (PSD) e Dr. Santana (PRD).
Sério
Falando sério, não faltam desafetos para o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ). A quebra do decoro como argumento do delito cometido por ele, que pode resultar na cassação do seu mandato, pode ser considerada uma pena máxima diante das punições alternativas, como advertência e suspensão do mandato. O destino de Braga depende, no fim das contas, das melhores negociações no campo da política. Não tem jeito. É negociar.
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