
Publicada em 03/04/2025 às 15h10
Porto Velho, RO – Durante a reunião deliberativa da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados, realizada na tarde de quarta-feira (2), o deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) protagonizou um momento inusitado ao descobrir, já no decorrer da sessão, que era membro da Comissão e, portanto, estava apto a votar. A pauta da ocasião incluía a eleição dos vices-presidentes do colegiado.
“Queria tanto votar, mas eu não posso votar porque eu sou apenas líder aqui”, disse Chrisóstomo. A presidente da Comissão, deputada Denise Pessôa (PT-RS), então o corrigiu: “Não, o senhor já está na comissão com a gente”. Surpreso, o parlamentar reagiu: “Ah, já tô?”, antes de se levantar e caminhar até a urna.
Enquanto Chrisóstomo se dirigia ao local de votação, o microfone da mesa captou uma fala espontânea da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), feita em tom bem-humorado: “Eu vivo batendo nele no plenário”. A declaração, seguida por risos, foi interpretada como uma referência aos embates retóricos entre ambos no Plenário, dentro da normalidade do debate político.
Após depositar seu voto, o deputado voltou à mesa e fez uma fala destacando a convivência institucional entre parlamentares de posições divergentes. “A senhora tá vendo? Isso é respeito. Isso é respeito. Nós votamos também nas outras comissões. Sei que vocês votaram com a gente também em outras [...]. Isso é respeito. A gente tem as nossas diferenças, mas tem momentos que nós temos que nos respeitar e um respeitar o outro. Tá bem? Então eu gostaria de tornar público isso aqui”, afirmou.
A presidente Denise Pessôa agradeceu a manifestação e, em seguida, declarou encerrada a votação. A reunião começou às 13h49 no Plenário 10 do Anexo II da Câmara e foi encerrada às 14h40.
Já na véspera, 1º de abril, o Partido Liberal (PL) havia iniciado uma ação de obstrução na Câmara dos Deputados. O objetivo era pressionar pela aprovação de um projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Apesar da estratégia, uma das principais propostas do dia — que trata da reciprocidade no tratamento tarifário frente a medidas do governo Trump e estende o princípio a outras nações — foi aprovada no Plenário da Casa.
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