Rocha governa Rondônia mesmo no exterior, mudanças na Constituição promulgadas pelos deputados, políticos da Velha Guarda buscam espaços

 Emenda – Os deputados estaduais aprovaram na segunda-feira (17) mudanças no Artigo 61 na Constituição Estadual que acrescenta os §§ 2º-A e 2º-B, e utilizando os termos do § 3º do artigo 38, promulgando a Emenda ao texto Constitucional: Art. 1º que acrescentam os §§ 2º-A e 2º-B ao artigo 61 à Constituição do Estado de Rondônia. § 2º-A. O Governador manterá o exercício pleno de suas funções, mesmo nas ausências autorizadas na forma do § 1º deste artigo, mediante utilização de meios digitais e tecnológicos disponíveis para a prática de todos os atos administrativos e governamentais necessários ao regular funcionamento da Administração Pública Estadual. § 2º-B. A substituição do cargo ao Vice-Governador, nas hipóteses do § 1º deste artigo, somente ocorrerá mediante comunicação expressa do Governador acerca dessa intenção à Assembleia Legislativa ou nos casos de impedimento legal previstos no artigo 58 desta Constituição.

Governo – A ação da Ale-RO deixa bem explícito e legal, que o governador Marcos Rocha (União), que estava em missão oficial em Israel e, em razão da guerra iran-Iraque está “preso” em Israel à espera de uma solução para as autoridades que lá estão junto com ele que, mesmo estando fora do País, o governador é quem governa.  Vice, só assume em condições específicas. Esse desgaste político do Estado, que está sendo até motivo de chacota em nível nacional, como as críticas públicas do vice Sérgio Gonçalves, que é secretário de Estado, titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico ao chefe da Casa Civil, Elias Rezende, pessoa de extrema confiança de governador, empossado recentemente no cargo, antes ocupado durante cerca de seis anos nos dois mandatos seguidos pelo irmão de Sérgio, Júnior. A mudança da Constituição pelos deputados deixou bem definido quem é quem na administração estadual. E a Importante a mobilização da Ale-RO capitaneada pelo presidente Alex Redano (Republicanos-Ariquemes), que agiu como se deve, de forma democrática: se a Constituição não permite, que eles se reúnam e, se a maioria aprovar, muda-se o que for necessário, pois o plenário é soberano. Bem diferente de nosso Congresso Nacional, onde a Constituição Federal é vilipendiada por ministros, que nunca receberam um voto e determinam o que tem, pode ou não pode com canetadas nada democráticas. 

Lideranças – Comenta-se muito sobre o retorno de novas lideranças políticas para as eleições gerais (presidente da República, governadores e vices; duas das três vagas ao Senado dos Estados e distrito Federal, Câmara Federal e Assembleias Legislativas de outubro do próximo ano. Fala-se de Valdir Raupp, que já foi vereador em Rolim de Moura, que era Distrito de Cacoal, prefeito de Rolim, governador e senador. Realmente é uma liderança consolidada na política, assim como sua mulher, Marinha, que foi seis vezes deputada federal. Sempre que consultada disse que não pretende mais concorrer a cargos eletivos. Hoje ela está lotada o gabinete do senador Wellington Fagundes (PL-MT), do Mato Grosso. 

Lideranças II – Também se comenta sobre Amir Lando, que foi ministro do INSS. Antes deputado estadual e federal. Destacou-se no Estado como advogado do Incra, na colonização do Estado. O ex-prefeito de Rolim de Moura, governador e senador Ivo Cassol também está sendo sempre citado como provável candidato em 2026, mas está inelegível. Há quem aposte que terá condições de concorrer no próximo ano. Outro bom nome que também está inelegível é o ex-prefeito de Ji-Paraná e ex-senador Acir Gurgacz, presidente do PDT no Estado. Pessoas próximas a ele garantem que até fevereiro do próximo ano estará elegível e concorrerá a uma das duas vagas, que serão disputadas ao Senado. Quem viver verá... 

Bianco – Lideranças política que também fazem parte da história de Rondônia é José Bianco. Ele foi três vezes prefeito de Ji-Paraná, segundo maior colégio eleitoral do Estado, cerca de 100 mil eleitores, presidente da Assembleia Legislativa Constituinte, governador e senador. Deixou como um legado ao Estado, a sua estabilidade financeira, graças ao saudoso irmão, Arnaldo, profundo conhecer da administração pública, que criou a obrigatoriedade do pagamento do ICMS na entrada de as mercadorias no Estado. Desde o mandato de Bianco, Rondônia nunca mais teve problemas financeiros e atrasos em pagamentos de servidores e fornecedores. Quem acompanha o dia-a-dia política do Estado pode observar que em praticamente todas as reuniões da Assembleia Legislativa há matérias solicitando remanejamento de recursos financeiros em razão do excesso de arrecadação, ou seja, foi arrecado mais do que estava orçamentado. 

Respigo 
Há que aponte que, após o retorno do governador Marcos Rocha (União) a Rondônia (ele e outras autoridades brasileiras e outros Estados estão sem condições de deixar o Iraque, onde foram em missão comercial) teremos mudanças na equipe de governo. Pelos últimos acontecimentos, acreditamos que sim, inclusive de forma bem abrangente +++ A próxima semana deverá ser das mais movimentadas na Assembleia Legislativa (Ale). Será a última antes do recesso parlamentar do mês de julho e a previsão é de sessões extraordinárias para, que tudo esteja ok, antes da paralisação dos trabalhos legislativo +++ Suplente de deputado federal, Rafael O Fera (Podemos), de Ariquemes foi diplomado pela Justiça Eleitoral. Agora terá que esperar a convocação da Câmara Federal para assumir a vaga de Eurípedes Lebrão (União) +++ Nada muda na proporcionalidade de espaços partidários em nível federal. A capital continua com Fernando Máximo, Maurício Carvalho e Cristiane Lopes, todos do União, e coronel Chrisóstomo Moura (PL) +++ O interior tem Sílvia Cristina (PP), Lúcio Mosquini (MDB) e Thiago Flores (Republicanos), além de Lebrão, que está deixando a vaga para O Fera. Quem ganha é Ariquemes, que terá dois deputados federais (a bancada tem oito), após a posse de O Fera, que deverá ocorrer nos próximos dias.

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