Publicada em 29/07/2025 às 10h03
Ataques da Rússia contra uma instalação penitenciária na região de Zaporizhzhia, no sudeste da Ucrânia, mataram ao menos 18 pessoas e feriram 80, segundo informaram autoridades militares e o governador local nesta terça-feira (29).
O governador, Ivan Fedorov, afirmou no Telegram que os edifícios da instalação penitenciária foram destruídos e que casas particulares nas proximidades também foram danificadas.
Ainda segundo as autoridades da Ucrânia, outras 4 pessoas morreram na cidade de Dnipro.
A troca de ataques entre a Rússia e a Ucrânia segue sem previsão de trégua. Nesta segunda-feira (28), o Ministério da Defesa russo informou que suas tropas tomaram o controle dos assentamentos de Boikivka e Belhiika, no leste da Ucrânia.
Bombeiros trabalham nos escombros de um edifício residencial que foi danificado após um ataque russo em Zaporizhzhia, na Ucrânia. — Foto: AP Photo/Leo Correa
No domingo (27), um ataque de drones à cidade de Odessa, na Ucrânia, assustou banhistas que estavam em uma praia local. Um vídeo feito pela agência de notícias Reuters mostra o momento em que os barulhos de explosão e tiros começam e várias pessoas que estavam na areia ou no mar correm para buscar abrigo.
No sábado (26), uma série de bombardeios russos à região ucraniana Dnipropetrovsk deixou três mortos.
Na quarta-feira (23), autoridades da Rússia e da Ucrânia se reuniram na Turquia para iniciar uma nova rodada de negociações - a quarta em três meses. No entanto, os dois países indicam que ainda estão longe de avançar para um cessar-fogo.
Nova rodada de negociações
O Kremlin afirmou, na sexta-feira (25), que o presidente russo, Vladimir Putin, só irá concordar em se encontrar com o ucraniano, Volodymyr Zelensky, caso esteja a um passo de fechar um acordo de paz.
Nesta segunda, ao encontrar com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou estar "decepcionado" com Putin e disse que irá reduzir o prazo de 50 dias que deu ao russo para impor sanções mais duras.
O porta-voz, Dmitry Peskov, no entanto, disse que é "improvável" que tal reunião possa ocorrer até o final de agosto, como a Ucrânia propôs , e descreveu mais uma vez as posições de negociação dos dois lados como "diametralmente opostas".
"Uma reunião de cúpula pode e deve definir o ponto final de um acordo e consolidar as modalidades e acordos elaborados por especialistas. É impossível fazer o contrário. É possível passar por um processo tão complexo em 30 dias? Bem, obviamente, é improvável que eles consigam se reunir da noite para o dia. Isso exigirá um trabalho diplomático muito complexo", afirmou.



Comentários
Seja o primeiro a comentar!