Publicada em 14/07/2025 às 16h33
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta segunda-feira (14) aplicar um pacote "tarifas severas" à Rússia caso o governo de Vladimir Putin não alcance um acordo de paz na Ucrânia em um prazo de até 50 dias.
Além disso, em reunião com o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, o republicano prometeu uma nova leva de armamento às tropas ucranianas, selando a retomada das ajudas dos EUA a Kiev e uma reaproximação com o governo ucraniano.
O encontro marca uma mudança clara de postura de Trump em relação a Putin desde o início de seu segundo mandato, iniciado no fim de janeiro.
Trump, que evitou se posicionar durante sua última campanha à Presidência, havia se colocado como garantidor da paz entre Moscou e Kiev, prometendo que encerraria o conflito "em 24 horas". Veja, a seguir, como ele manobrou sua posição sobre a guerra nos últimos meses:
Durante a campanha: fiador da paz
Mais de um ano antes de ser eleito presidente pela segunda vez, Trump disse que era capaz de encerrar a guerra na Ucrânia em apenas um dia. Em entrevista à rede CNN, afirmou que se sentaria com os governos russo e ucraniano para um acordo.
"Se eu fosse presidente, eu resolveria essa guerra em um dia, em 24 horas. Eu me encontraria com Putin, me encontraria com Zelensky. Ambos têm fraquezas e ambos têm forças", disse.
Afirmações semelhantes foram feitas nos meses seguintes:
Trump disse que sabia o que cada lado queria e afirmou durante a campanha eleitoral que iria acabar com a guerra em 24 horas.
Em julho de 2024, o embaixador da Rússia nas Nações Unidas, Vasily Nebenzya, descartou que Trump resolveria a "crise na Ucrânia" em apenas um dia.
Em março deste ano, o presidente americano foi questionado sobre a promessa. Em entrevista ao programa "Full Measure", ele afirmou que estava sendo "um pouco sarcástico" quando disse que resolveria a guerra em 24 horas.



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