Publicada em 22/08/2025 às 13h40
PORTO VELHO (RO) - O presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, deputado Alex Redano (Republicanos), usou suas redes sociais nesta sexta-feira (22) para fazer um alerta sobre a licitação que poderá transferir os serviços de água e esgoto do estado para a iniciativa privada. O parlamentar direcionou críticas à atuação da empresa AEGEA, considerada uma das favoritas no processo que envolve cifras bilionárias.
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Segundo Redano, o Legislativo estadual está atento à condução da concorrência que substituirá a Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd). O deputado reconheceu os problemas da atual companhia, mas advertiu que é necessário “analisar profundamente quais empresas irão concorrer e quais critérios serão usados na escolha dessa nova empresa”.
O parlamentar citou reclamações em municípios onde a AEGEA já atua, como Ariquemes, cidade em que reside. “Toda a população critica. Qualidade da água e principalmente as obras. Por onde essa empresa abriu buracos, que é importante o saneamento, mas todos esses locais ficaram numa situação muito ruim”, afirmou.
Redano reforçou que a escolha precisa garantir serviços de qualidade. “Depois que faz a concessão, que você assina o contrato, é muito difícil você tirar a empresa. Então, esse é o momento de cuidarmos. Que venha uma empresa que tenha boa reputação, que venha uma empresa que tenha qualidade na água, que tenha qualidade nas obras”, completou.
Legislativo em alerta
As declarações do presidente da assembleia mostram que o processo de privatização do saneamento não passará despercebido pelo Parlamento. As críticas públicas deixam claro que a AEGEA encontrará resistências políticas e institucionais em Rondônia caso avance na disputa, especialmente diante das denúncias de má prestação de serviços já existentes.
Histórico da empresa
As manifestações do presidente da ALE apenas ampliam uma preocupação que já vinha sendo registrada em reportagens do Rondônia Dinâmica. A AEGEA, cotada para substituir a Caerd, tem sido alvo de CPIs em Manaus e Ariquemes, além de críticas em estados como RS e Piauí. Esse retrospecto coloca Rondônia diante de um dilema: repetir erros de outras regiões ou exigir garantias sólidas antes da assinatura do contrato.



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