Publicada em 08/08/2025 às 09h36
Porto Velho, RO – O senador Marcos Rogério (PL-RO) afirmou, em entrevista ao programa Arena Oeste, transmitido pelo canal da Revista Oeste no YouTube na noite de quinta-feira (7), que poderá disputar a reeleição ao Senado em 2026 a pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro. O parlamentar revelou que, embora apareça em primeiro lugar nas pesquisas para o governo de Rondônia, a conjuntura nacional e a solicitação direta de Bolsonaro podem alterar seus planos.
“Pela bondade de Deus e pela confiança do povo de Rondônia, meu nome aparece em primeiro lugar para governador. Mas, no último encontro que tive com o presidente Bolsonaro, ele me fez um pedido em relação ao Senado Federal. Se o quadro atual permanecer até o fim do ano, a minha candidatura será pela reeleição”, disse Marcos Rogério.
O senador relatou que o convite foi feito durante um evento em Brasília, quando Bolsonaro, de forma simbólica, assinou sua camisa com o número 222 — identificador eleitoral para candidatos ao Senado pelo PL — e o chamou para uma conversa reservada sobre a importância de manter posições estratégicas no Congresso. O caso, inclusive, é alvo de ação por parte do Ministério Público Eleitoral em ação movida contra ele e o ex-presidente.
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Cenário eleitoral e posicionamento político
Durante a entrevista, Marcos Rogério destacou que a disputa de 2026 será decisiva para Rondônia e para o país. Segundo ele, Bolsonaro continua sendo “a maior liderança da direita no Brasil” e, mesmo que não seja candidato, influenciará diretamente na escolha do nome que representará seu campo político.
Questionado sobre a possibilidade de Bolsonaro não participar do pleito por estar inelegível, o senador afirmou que “eleição sem Bolsonaro é incompleta” e que espera a reversão das decisões judiciais que impediram a candidatura do ex-presidente. “Tirar o Bolsonaro do jogo eleitoral é um golpe à democracia”, declarou.
Atuação em Brasília e críticas ao STF
Marcos Rogério abordou a relação entre os poderes e as recentes tensões no Senado envolvendo pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), em especial Alexandre de Moraes. Ele ressaltou que a oposição já obteve 41 assinaturas necessárias para a tramitação do processo e defendeu que o Legislativo precisa recuperar independência, citando o fim do foro por prerrogativa de função como pauta prioritária.
O senador criticou a condução de investigações relacionadas aos atos de 8 de janeiro e afirmou que, diante de irregularidades processuais, a anistia “é necessária para pacificar o Brasil”.



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