Publicada em 30/08/2025 às 09h20
O escritor e cronista Luis Fernando Verissimo morreu na manhã deste sábado (30), em Porto Alegre (RS), aos 88 anos. Reconhecido por sua escrita leve e perspicaz, Verissimo deixou uma obra que atravessa o humor, a literatura e o jornalismo, tornando-se um dos mais populares observadores do comportamento humano e da sociedade brasileira. Com informações do IstoÉ Gente
Ele estava internado havia três semanas no Hospital Moinhos de Vento, em tratamento contra uma pneumonia. Também enfrentava complicações decorrentes do Parkinson e problemas cardíacos. Nos últimos anos, passou por diferentes procedimentos médicos, incluindo a implantação de um marcapasso em 2016, uma cirurgia para tratar câncer ósseo em 2020 e a recuperação de um AVC em 2021.
Verissimo deixa a esposa, Lúcia Helena Massa, com quem foi casado desde 1963, além de três filhos e dois netos. Informações sobre velório e sepultamento ainda não foram divulgadas.
Carreira e legado
Filho do escritor Erico Verissimo, autor de O Tempo e o Vento, e de Mafalda Verissimo, Luis Fernando cresceu cercado pela literatura. Passou parte da infância nos Estados Unidos, onde o pai lecionava em universidades da Califórnia.
A carreira começou no jornal Zero Hora, em Porto Alegre, como revisor. Depois, atuou como tradutor e redator publicitário no Rio de Janeiro. Com o tempo, consolidou-se como um dos cronistas mais lidos do Brasil, publicando em veículos como O Estado de S. Paulo, O Globo e Zero Hora.
Criador de personagens marcantes como o Analista de Bagé, a Velhinha de Taubaté e os protagonistas das Comédias da Vida Privada, conquistou leitores ao retratar com humor e ironia os hábitos e contradições da classe média brasileira.
Além da literatura, Verissimo nutria paixões pelo jazz — foi saxofonista amador no grupo Jazz 6 — e pelo futebol, sempre com olhar de torcedor do Internacional.
Com mais de 80 livros publicados e 5,6 milhões de exemplares vendidos, o autor deixou um legado que marcou gerações de leitores. Seu primeiro livro, O Popular, de 1973, reuniu textos que já mostravam a combinação de humor e crítica social que o consagraria ao longo de cinco décadas.
Luis Fernando Verissimo seguirá lembrado como um dos nomes mais importantes da literatura e do jornalismo brasileiros.



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